O que se sabe sobre o militar preso com 39 quilos de cocaína em avião da FAB?
A prisão nesta terça-feira, em Sevilha, na Espanha, de um militar que havia transportado 39 quilos de cocaína dentro de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), ganhou repercussão internacional.
O militar, segundo-sargento da Aeronáutica, fazia parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro que havia embarcado rumo a Osaka, no Japão, para participar da cúpula do G20, e havia feito uma escala na Espanha.
Desde então, as informações sobre a identidade, a patente e a função do detido foram obtidas gradualmente. Até o momento, o que se sabe sobre o caso:
- O militar se chama Manoel da Silva Rodrigues.
- É segundo-sargento da Aeronáutica e tem 38 anos.
- O sargento não estava a bordo do avião presidencial principal, mas do reserva, que fazia escala técnica em Sevilha e transportava uma equipe de apoio.
- A droga, dividida em blocos e dentro de uma mala, não estava sequer disfarçada, segundo as autoridades espanholas.
- O salário bruto de Manoel é de R$ 7.298,10, segundo o Portal da Transparência.
- O militar realizou ao menos 29 viagens oficiais com autoridades brasileiras desde 2015.
- Além disso, Manoel integrava o deslocamento de comitivas presidenciais desde 2017.
- Entre as viagens que fez com ex-presidentes está a ida de Michel Temer para Davos, na Suíça, no ano passado.
- O segundo-sargento estava no voo que levou Jair Bolsonaro de São Paulo para Brasília, em fevereiro.
- Manoel viajou com representantes do Itamaraty a Washington, nos Estados Unidos, e Saint John, em Antígua e Barbuda.
- O militar responderá na Justiça da Espanha por crime contra a saúde pública, em que se enquadra o tráfico de drogas.
- Após a prisão do segundo-sargento, o avião que levaria Jair Bolsonaro para o Japão, com escala em Sevilha, transferiu a parada para Lisboa, em Portugal.
- O vice-presidente, Hamilton Mourão, chamou o militar de "mula qualificada" e afirmou que Manoel não agiu sozinho. "É óbvio que, pela quantidade de droga que o cara estava levando, ele não comprou na esquina e levou".
- Bolsonaro, em mensagem publicada nas redes sociais, classificou o episódio como "inaceitável" e disse ter exigido a abertura imediata de uma investigação sobre o caso.
- O Comando da Aeronáutica abriu um inquérito e informou que, devido ao ocorrido, reforçará as medidas de precaução.
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