Austrália insiste na responsabilidade da Rússia na queda do voo MH17
Sydney (Austrália), 17 jul (EFE).- A Austrália insistiu nesta quarta-feira na responsabilidade da Rússia na queda do voo MH17 da Malaysia Airlines, no leste da Ucrânia, com 298 pessoas a bordo, entre eles 38 australianos, quando completa-se cinco anos do fato.
"Juntamente com a Holanda, estamos entrando em conversas com a Federação Russa após a nossa posição conjunta do dia 25 de maio de 2018 com relação sobre a responsabilidade do Estado russo por seu papel na queda", disse a ministra das Relações Exteriores, Marise Payne, em comunicado.
O avião, que viajava entre Amsterdã e Kuala Lumpur, foi abatido em 17 de julho de 2014 com um míssil terra-ar de fabricação russa disparado da zona de conflito no leste da Ucrânia controlado por milícias separatistas pró-russas, segundo a investigação oficial.
Após a publicação, no ano passado, do relatório da Joint Investigation Team (JIT), a Holanda e Austrália, países de onde veio a maioria das vítimas, acusaram formalmente a Rússia de "participar" da demolição do MH17.
Payne comemorou como "um passo à frente" o último relatório do JIT, que no mês passado identificou três russos e um ucraniano como responsáveis pelo lançamento do míssil, e anunciou que apresentará acusações contra os suspeitos na Holanda.
"O governo australiano continua firme em seu compromisso de responsabilizar-se pelo abate e justiça para as vítimas e seus entes queridos", acrescentou o comunicado.
Coincidindo com o aniversário, parentes de vítimas australianas se reuniram em frente ao consulado russo em Sydney, onde deixaram cartões pretos com os nomes dos falecidos e leram uma carta em que exigem que Moscou cesse suas "negações e mentiras".
A embaixada russa na Austrália reiterou suas "profundas condolências às famílias e amigos das vítimas deste crime terrível", em uma mensagem em sua conta no Twitter.
Moscou negou enfaticamente os dois principais argumentos da comissão de inquérito: que o míssil que derrubou o dispositivo foi lançado de uma área controlada pelos separatistas pró-Rússia e que a aeronave havia sido transportada da Rússia, onde teria sido transferida outra vez após a catástrofe, segundo o JIT. EFE
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