Procurador-geral dos EUA admite irregularidades na prisão onde Epstein morreu
O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, afirmou hoje ter identificado graves irregularidades na prisão federal de Nova York, onde o milionário Jeffrey Epstein foi encontrado morto há dois dias.
"São profundamente preocupantes, e já pedimos uma investigação completa", disse Barr, que participou de ato da polícia de Nova Orleans.
Ainda de acordo com o procurador-geral, as autoridades americanas irão buscar a fundo como aconteceu a morte de Epstein e prestarão contas à sociedade. Segundo ele, o FBI e o Gabinete do Inspetor Geral do Departamento de Estado estão nas investigações.
Barr lembrou que elucidar a morte do milionário é importante não apenas para as vítimas, mas também para todo o sistema de justiça americano, que estava preparando o julgamento, em que Epstein era acusado de manter uma rede de exploração sexual de menores.
"Fiquei horrorizado, e todo o Departamento de Justiça também ficou. Estou, honestamente, irritado ao saber do fracasso do MCC (sigla em inglês do Centro Correcional Metropolitano) em garantir a segurança adequada do prisioneiro", disse o Procurador-Geral.
"Deixe-me assegurar a vocês que esse caso seguirá, contra qualquer cúmplice de Epstein", garantiu Barr.
Segundo publicou hoje a imprensa americana, os advogados do milionário pediram no fim do mês a saída do cliente do programa para a prevenção ao suicídio de que fazia parte. Epstein havia passado de um programa de prevenção ao suicídio, para um "status de observação especial", com revisões a cada 30 minutos, ao invés de 15, além de incluir a presença de um companheiro de cela.
A morte do milionário fez com que fossem disparadas inúmeras teorias, algumas ligando o nome a inúmeras personalidades dos Estados Unidos, inclusive, o presidente Donald Trump, e o antigo mandatário Bill Clinton.
Segundo à justiça americana, o milionário criou uma rede para abusar de meninas menores de idade. Em 2008, o estado da Flórida chegou a apresentar acusações contra ele, que chegou a um acordo com o Ministério Público.
O promotor do caso, Alexander Acosta, que posteriormente foi secretário de Trabalho do governo Trump, teve que renunciar ao cargo, devido o escândalo provocado por um pacto secreto, que foi ocultado às vítimas.
Na véspera da morte de Epstein, centenas de documentos sobre o milionário foram tornados públicos pela Justiça. Os arquivos eram relativos a um outro caso, paralelo à investigação central, sobre uma mulher que havia sido contratado para "recrutar" potenciais vítimas do esquema de exploração sexual mantido por ele.
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