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Uribe é chamado a prestar depoimento na Colômbia por suposto suborno e fraude

Ex-presidente colombiano falará à Suprema Corte da Colômbia em 8 de outubro; Álvaro Hernán Prada, representante da Câmara, também prestará depoimento - Raul Arboleda/AFP
Ex-presidente colombiano falará à Suprema Corte da Colômbia em 8 de outubro; Álvaro Hernán Prada, representante da Câmara, também prestará depoimento Imagem: Raul Arboleda/AFP

Da EFE, em Bogotá

16/08/2019 13h32

A Suprema Corte da Colômbia convocou hoje o ex-presidente Álvaro Uribe para prestar depoimento em 8 de outubro, assim como o representante da Câmara Álvaro Hernán Prada, dentro do processo por suposto suborno e fraude processual.

A convocação divulgada por veículos de imprensa locais corresponde a um pedido da Sala de Instrução Penal por solicitação do juiz César Augusto Reyes Medina e pede a Uribe, presidente entre 2002 e 2010 e hoje senador, que compareça acompanhado de um advogado.

Anteriormente, Uribe tinha pedido que o processo contra si fosse declarado nulo, algo que foi negado em 18 de fevereiro pela Câmara de Instrução Especial da Ala Criminal do Supremo Tribunal "porque a prática da prova foi ajustada à lei".

Uribe, presidente da Colômbia entre 2002 e 2010, tem um processo aberto por uma suposta manipulação de testemunhas que também envolve o senador Iván Cepeda, do partido Polo Democrático Alternativo (PDA).

Tudo corresponde a 2012, quando Uribe denunciou Cepeda pelo suposto uso de falsos testemunhas ao acusá-lo de buscar ex-paramilitares nas prisões e convencê-los a prestar depoimento contra si.

Com esses testemunhos, Cepeda vinculava o ex-presidente com grupos paramilitares no departamento de Antioquia (noroeste).

No ano passado, a Corte interceptou por erro o telefone de Uribe porque seu número parecia, por assim dizer, com o do representante à Câmara Nilton Córdoba, segundo uma carta na qual esse tribunal respondeu a uma explicação pedida pelo ex-presidente.

Na carta, o número do ex-mandatário e agora senador apareceu "de maneira reiterada" nos processos envolvendo Córdoba nesse alto tribunal e quando este advertiu que o ex-presidente "não apresentava informação relevante", foi "ordenado o cancelamento da interceptação" em 4 de abril.