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Em novas pesquisas, Fernández mantém ampla vantagem sobre Macri na Argentina

16/10/2019 20h02

Buenos Aires, 16 out (EFE).- Novas pesquisas para o primeiro turno das eleições presidenciais da Argentina divulgadas nesta quarta-feira mostram que o peronista Alberto Fernández mantém ampla vantagem sobre o presidente do país, Mauricio Macri, faltando menos de duas semanas para o pleito.

Levantamento realizado pela consultoria Opina com 1.800 pessoas após o debate presidencial no último domingo dá a Fernández uma vantagem de 20 pontos percentuais. O candidato da Frente de Todos teria 52% das intenções de voto contra 32% de Macri. Roberto Lavagna vem na terceira posição, com 6%. Os demais postulantes ao cargo não passam de 2%.

Caso o resultado previsto se confirme, Fernández seria eleito sem a necessidade de segundo turno. A legislação argentina estabelece que um candidato está eleito se obtiver mais que 45% dos votos na primeira votação ou se superar os 40% e tiver uma vantagem de mais de 10 pontos percentuais para o segundo colocado no pleito.

Segundo a consultoria Opina, 5% dos 1.800 entrevistados estão indecisos e apenas 1% declarou votará em branco ou não irá votar. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais.

Questionados sobre o primeiro debate presidencial realizado entre os candidatos no último domingo, 50% dos ouvidos pela Opina disseram que o assistiram, mas apenas 9% afirmaram que "certamente" mudarão de voto em relação às primárias de 11 de agosto, também vencidas por Fernández.

Desde as primárias, a situação econômica do país se deteriorou. A inflação, que já era alta, segue crescendo, chegando em setembro a 53,5% nos últimos 12 meses, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censo (Indec).

Em outra pesquisa sobre a corrida presidencial feita pela Universidade de San Andrés entre os dias 1º e 10 de outubro, a vantagem de Fernández sobre Macri é de 17 pontos percentuais. A inflação é vista como o principal problema do país para 18% dos 1.009 entrevistados, seguido do desemprego e da pobreza. Além disso, 36% dos ouvidos acham que o peronista será eleito com uma ampla vantagem sobre o adversário. EFE