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Polícia e manifestantes entram em confronto novamente em Hong Kong

Policiais apontam armas a manifestantes contra o governo em Hong Kong - Athit Perawongmetha/Reuters
Policiais apontam armas a manifestantes contra o governo em Hong Kong Imagem: Athit Perawongmetha/Reuters

em Hong Kong

31/10/2019 17h18

Manifestantes e policiais voltaram a entrar em confronto nesta quinta-feira, no distrito central de Hong Kong, onde centenas de pessoas aproveitaram a celebração do Halloween para protestar utilizando máscaras, desafiando uma proibição do governo local.

A concentração foi dispersada no começo da noite (hora local), depois de três horas de manifestação, com policiais usando gás lacrimogêneo, dando início a confrontos e posteriores detenções.

Também na região de Mong Kok, na parte continental de Kowloon, centenas de pessoas se concentraram para lembrar os dois meses do que consideram a entrada "brutal" da polícia em uma estação de metrô para fazer detenções.

A celebração do Halloween, que na ex-colônia britânica tem certa tradição, começou com muitos manifestantes mascarados se misturando entre aqueles que apenas participavam da festa.

"A vida em Hong Kong tem sido muito tensa nos últimos meses. Hoje é Halloween e eu só quero me divertir com alguns amigos, mas a polícia não deixa. É claro que esta máscara que estou usando é uma forma de protesto contra a brutalidade da polícia e do nosso governo inepto", disse à Agência Efe, Wong Tai-man, de 17 anos.

Para evitar possíveis incidentes, a polícia isolou várias áreas do distrito central e outras partes da cidade, provocando críticas das pessoas, pois estavam sendo impedidas de celebrar a festa.

Os protestos em Hong Kong ganharam força a partir de junho, após um polêmico projeto de lei de extradição - já rejeitado pelo governo -, transformaram-se em um movimento que busca a melhoria dos mecanismos democráticos que regem Hong Kong e uma oposição ao autoritarismo de Pequim.

No entanto, alguns manifestantes optaram por tácticas mais radicais do que os protestos pacíficos e os confrontos violentos com a polícia são comuns.

A Lei Básica de Hong Kong afirma que a cidade é uma parte inalienável da China, mas garante os direitos e liberdades dos habitantes da cidade semi-autônoma sob o princípio conhecido como "um país, dois sistemas".