Presidente de Portugal renova estado de emergência e pede responsabilidade
Lisboa, 16 abr (EFE).- O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, pediu para que a população seja responsável no cumprimento das medidas para conter a propagação do novo coronavírus após ter assinado uma nova prorrogação do estado de emergência por 15 dias, que ele espera ter sido estendido pela última vez.
"Temos que resistir, evitar a decepção de, por nos precipitarmos em abril, perder maio e o que vem depois", declarou o presidente em pronunciamento ao país após ter assinado o documento, que estará em vigor até o dia 2 de maio.
Rebelo de Sousa explicou que a principal razão para mais uma renovação do estado de emergência é dar tempo e espaço ao governo para estudar e preparar, para depois de abril, a abertura gradual da sociedade e da economia.
"Para essa abertura, é preciso criar segurança e confiança no povo português para que possa sair de suas casas sem correr o risco de passos precipitados e contraproducentes", destacou.
O político lembrou que Portugal é o quarto país da Europa com o maior número de testes por milhão de habitantes, e ainda assim o número de infecções permanece abaixo dos 20 mil ou 30 mil que ele havia previsto há 15 dias - há cerca de 18,8 mil e 629 mortes.
"Devemos continuar estabilizando o número de internações, para que nosso sistema de saúde possa responder à evolução do surto no caso de um aumento progressivo dos contatos sociais", afirmou.
Rebelo de Sousa destacou ainda que, embora em alguns países se fale de um "milagre português", os números são "fruto de muito sacrifício" e da "solidariedade e disciplina de todos".
Portugal está em estado de emergência desde 19 de março, e o novo decreto, aprovado hoje pelo Parlamento e assinado pelo presidente, prevê um progressivo relaxamento das restrições impostas para combater o vírus SARS-CoV-2.
O novo decreto abre as portas para o retorno da atividade econômica com precauções e mantém o teletrabalho, mas também visa o retorno progressivo dos trabalhadores aos seus postos com horários diferenciados, distância de segurança e equipamentos de proteção. Tudo isso dependendo do tamanho e da atividade das empresas. Também poderiam ser feitos progressos na abertura de creches e no início de aulas presenciais para alunos com mais de 15 anos de idade. EFE
pfm/dr
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