OMS suspende definitivamente testes clínicos com hidroxicloroquina
"Com base em evidências divulgadas pelos estes Solidarity (patrocinados pela OMS) e Recovery (realizados pela Universidade de Oxford), concluímos que serão interrompidos os testes com hidroxicloroquina", disse Ana María Henao, diretora do Plano de Ação para Pesquisa e Desenvolvimento da entidade.
Em entrevista coletiva, a especialista colombiana destacou que as duas pesquisas mostraram que o uso da hidroxicloroquina "não reduz a mortalidade dos pacientes com Covid-19".
A OMS já tinha suspendido os testes em maio, após a publicação de um estudo na revista "The Lancet" que alertava sobre um aumento na mortalidade de pacientes tratados com o fármaco. Os testes foram retomados depois de uma retratação dos quatro autores do artigo.
Coincidindo com a retomada, os estudos Recovery concluíram que o tratamento com hidroxicloroquina não havia reportado benefícios aos pacientes estudados, o que aumentou a confusão a respeito do assunto.
Na segunda-feira passada, a agência americana Food and Drug Administration (FDA) retirou a autorização do uso emergencial da hidroxicloroquina em pacientes graves com Covid-19, ao também concluir que o procedimento não estava sendo efetivo.
A hidroxicloroquina é um medicamento utilizado há décadas em doentes de malária. Durante os dias em que a OMS paralisou os testes, o procedimento continuou sendo utilizado no Brasil e nos Estados Unidos, os dois países com o maior número de casos de Covid-19.
O fim dos testes coincide com a descoberta, também por parte da Universidade de Oxford, de que o uso da dexametasona pode reduzir consideravelmente a mortalidade de pacientes graves de Covid-19, o que a OMS considerou um grande passo no combate à pandemia.
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