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Boris Johnson autoriza reabertura de pubs, restaurantes e hotéis no início de julho

23/06/2020 15h48

Londres, 23 jun (EFE).- O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, autorizou nesta terça-feira a uma redução gradual das medidas de restrição por conta da pandemia da Covid-19, anunciando no Parlamento a reabertura dos pubs, restaurantes, hotéis e cabeleireiros na Inglaterra a partir do dia 4 de julho.

Essa etapa é considerada a mais importante para revitalizar a economia do Reino Unido, que em abril, primeiro mês completo de confinamento pelo novo coronavírus, sofreu uma contração de 20,4%.

Em uma declaração na Câmara dos Comuns, o premier autorizou a reabertura dessas instalações, desde que cumpram as medidas de distanciamento e higiene sociais necessárias para evitar um possível surto de Covid-19.

Também reviu a distância física para reduzi-la de dois para não menos de um metro, o que permitirá que os pubs, restaurantes e hotéis reabram suas portas a partir de 4 de julho, depois que os proprietários desses estabelecimentos alertaram que poderiam cair ruína econômica com a medida atual.

Além disso, as pessoas que residem em dois endereços diferentes na Inglaterra, sejam familiares ou amigos, podem se reunir novamente em suas casas e até passar uma noite, desde que sejam cautelosos e mantenham uma distância física.

O plano afeta apenas a Inglaterra, já que as outras regiões britânicas aplicam suas próprias medidas e não avançam tanto no desconfinamento, com exceção da Irlanda do Norte, onde os hotéis, bares e restaurantes reabrirão em 3 de julho.

Johnson relatou que boates, academias e piscinas deverão permanecer fechadas.

O primeiro-ministro britânico apontou que as medidas podem ser revertidas se houver novos surtos e enfatizou que o país deve permanecer "vigilante", mas, por enquanto, acrescentou, "não há risco de um segundo pico" de infecção.

"Hoje podemos dizer que nossa longa hibernação nacional (período) está chegando ao fim", disse Johnson, observando que as escolas vão abrir totalmente em setembro.

"Nosso princípio é confiar na população britânica para usar o bom senso com pleno conhecimento dos riscos, lembrando que quanto mais abrirmos (a economia), mais vigilantes precisamos ser", afirmou.