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China dará US$ 1 bilhão em créditos para vacinas na América Latina

10.abr.2020 - Pesquisadora segura frasco de vacina para covid-19 em teste - REUTERS/Dado Ruvic
10.abr.2020 - Pesquisadora segura frasco de vacina para covid-19 em teste Imagem: REUTERS/Dado Ruvic

24/07/2020 03h56

Quito, 23 jul (EFE).- A China destinará US$ 1 bilhão em créditos aos países latino-americanos para o acesso a vacinas e medicamentos contra a covid-19, anunciou nesta quinta-feira o Ministério das Relações Exteriores do Equador.

O anúncio foi feito pela China no final de uma reunião por teleconferência entre os membros da Comunidade dos Estados da América Latina e Caribe (Celac) e a China, onde foi analisada a cooperação multilateral em tempos de pandemia.

"A China expressou o desejo de contribuir diretamente com os países da região latino-americana, para os quais informou que fornecerá US$ 1 bilhão em créditos para acessar vacinas e medicamentos", disse a Chancelaria equatoriana em comunicado.

Além disso, o governo chinês oferece outros aportes a organizações internacionais, como a FAO e a OMS, que se concentram em projetos para a região, acrescenta a nota oficial.

Na reunião, o Ministro das Relações Exteriores do Equador, Luis Gallegos, pediu esforços conjuntos para garantir que o conhecimento sobre o combate à Covid-19 seja equitativo e disponível a todos.

O ministro destacou a importância de fortalecer as iniciativas intra e extrarregionais no contexto da maior crise global dos últimos 75 anos.

A teleconferência, organizada pelos governos do México (que atualmente detém a presidência da Celac) e da China, teve como objetivo promover as relações e os mecanismos de cooperação entre os países membros e o país asiático.

Gallegos aproveitou a reunião para agradecer à assistência humanitária e sanitária chinesa através da doação de equipamentos médicos, assistência técnica e contribuições econômicas.

No mês passado, a China doou 15 toneladas de equipamentos médicos ao Equador para tratamento da Covid-19.

O ministro das Relações Exteriores defendeu o multilateralismo e alertou para riscos ao progresso feito na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável nas áreas econômica, social, financeira e comercial em todo o mundo.

"Agora, mais do que nunca, é necessária a participação de nossos países em fóruns internacionais", disse.

Entre junho e outubro deste ano, o Equador espera receber US$ 2,4 bilhões em empréstimos de duas instituições chinesas: o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) e o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), informou em maio o ministro da Economia equatoriano, Richard Martinez.