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Moderna diz que vacina contra coronavírus também gera anticorpos em idosos

Enfermeira prepara candidata a vacina contra o coronavírus para aplicação em voluntário em Moscou - TATYANA MAKEYEVA
Enfermeira prepara candidata a vacina contra o coronavírus para aplicação em voluntário em Moscou Imagem: TATYANA MAKEYEVA

30/09/2020 03h10

Nova York, 29 set (EFE).- A companhia farmacêutica americana Moderna informou nesta terça-feira que sua vacina mRNA-1273, para a prevenção da covid-19, "pode gerar anticorpos neutralizantes em idosos e adultos mais velhos em níveis comparáveis aos (gerados em) adultos jovens".

A conclusão, com base em dados provisórios, foi publicada na revista científica "The New England Journal of Medicine".

Em julho, a empresa anunciou o início dos testes da fase 3 de sua vacina experimental contra a doença transmitida pelo novo coronavírus para a população em geral, envolvendo 30.000 voluntários, e o diretor executivo, Stephen Bancel, disse em meados do mês que seria possível avaliar se a vacina é eficaz até outubro, embora ele acreditasse que os dados esperados sobre a fase final de desenvolvimento provavelmente serão revelados em novembro.

"Estes dados provisórios da fase 1 sugerem que a mRNA-1273, nossa candidata a vacina para prevenção da covid-19, pode gerar anticorpos neutralizantes em adultos mais velhos e idosos em níveis comparáveis aos dos adultos mais jovens", disse Tal Zaks, diretor médico da Moderna, citado na publicação.

"Devido às maiores morbidade e mortalidade da covid-19 em adultos mais velhos e idosos, estes dados nos dão otimismo para demonstrar a proteção da mRNA-1273 nesta população", acrescentou.

A Moderna explicou que esta análise provisória avaliou um programa de vacinação de fase 1 envolvendo a inoculação de duas doses de mRNA-123, que foram administradas com 28 dias de intervalo em 40 pacientes divididos em dois grupos, um com 56 a 70 anos, e outro com 71 anos ou mais.

Alguns voluntários receberam doses de 25 microgramas (µg), e outros, de 100 µg. Testes realizados um mês após a administração da segunda dose revelaram que a dose de 100 µg gerou títulos de anticorpos neutralizantes mais altos.

A companhia enfatizou que, em geral, ambas as doses foram bem toleradas e não geraram efeitos colaterais graves.

A Moderna citou dores de cabeça, mialgia, calafrios e dores no local da injeção como os mais comuns, "a maioria dos quais eram de intensidade leve a moderada e de duração limitada.

A empresa também explicou que, após a segunda vacinação, "ocorreram dois graves eventos adversos sistêmicos": febre em um participante do grupo de 56 a 70 anos que recebeu a dose de 25 µg e fadiga em um participante do grupo de 70+ anos de idade que recebeu a dose de 100 µg.

Entretanto, a Moderna informou que eles não "revelaram nenhum padrão de preocupação". EFE

jfu/id