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Especialistas não encontraram vestígios de covid-19 no metrô de Londres

12.mai.2020 - Metrô em Londres após o Reino Unido começar a flexibilizar as regras de isolamento social - Justin Setterfield / Getty Images
12.mai.2020 - Metrô em Londres após o Reino Unido começar a flexibilizar as regras de isolamento social Imagem: Justin Setterfield / Getty Images

03/11/2020 18h17

Londres, 3 nov (EFE).- Especialistas do Imperial College de Londres não encontraram vestígios do novo coronavírus na rede de metrô e ônibus da capital britânica, de acordo com os resultados de testes realizados em várias estações e rotas divulgados hoje.

Nos testes mensais realizados por cientistas da citada universidade britânica, encomendados pela empresa de gestão de transportes públicos Transport for London (Tfl), não foram detectados indícios da presença do vírus no ar ou nas áreas comuns que costumam ser tocadas pelos passageiros.

Máquinas de teste de qualidade do ar foram usadas nesses testes realizados em várias estações de metrô e em vagões e ônibus de Londres.

Os especialistas também coletaram amostras de máquinas de venda automática de bilhetes, barreiras e corrimãos.

De acordo com o jornal britânico "London Evening Standard", esses testes foram realizados nas estações londrinas de Waterloo e Euston e na linha de metrô do Norte, bem como em algumas rotas de ônibus.

No mês passado, após os primeiros testes realizados pelo Imperial College não encontraram nenhum traço do vírus, o chefe do Tfl, Andy Byford, pediu aos cidadãos que voltassem a usar a rede de transporte público.

Um epidemiologista do Imperial College que não participou desses testes, Roy Anderson, disse ao "London Evening Standard" que geralmente "o contato com as superfícies não é o maior problema" na transmissão da covid-19.

"O principal problema é o nosso comportamento como indivíduos e como grupos. No exterior, a probabilidade de transmissão é muito menor do que em espaços fechados. Essas partículas estão no ar. Isso é o mais importante", explicou.

Ele acrescentou que embora "seja claro" ser necessário prestar atenção às superfícies contaminadas, o vírus se espalha mais "pela inalação de gotas ou microgotículas".

Os resultados destes últimos testes mensais são conhecidos quando faltam dois dias para a Inglaterra voltar ao confinamento, a partir de quinta-feira, durante quatro semanas, tendo em conta o aumento alarmante dos casos de contágio detectados.