Suécia registrou maior número de mortes em novembro em 102 anos
A Suécia, que optou por uma abordagem mais relaxada no combate ao coronavírus e é o mais afetado dos países da Escandinávia, registrou no mês passado o maior número de mortes em novembro desde 1918, informou nesta segunda-feira o Escritório Nacional de Estatísticas (SCB).
As 8.088 mortes registradas representam um excesso de mortalidade de 10% sobre a média de novembro de 2015 a 2019, embora estejam longe dos 16,6 mil que morreram há 102 anos.
Embora os números estejam abaixo dos registrados em abril, durante o pior momento da primeira onda de contágio, há um claro excesso de mortalidade, de acordo com os números preliminares da SCB.
"A taxa de mortalidade excessiva é limitada no momento a pessoas com 65 anos ou mais, e para aqueles com menos de 64 anos o número de mortes é um pouco inferior à média para 2015-2019", afirmou o escritório em comunicado.
A média diária de mortes em novembro foi de 292, enquanto entre 29 de março e 1º de maio foi de pelo menos 300. As estatísticas acumuladas de 1 de janeiro a 30 de novembro deste ano relatam 87.511 óbitos na Suécia, 4.859 a mais do que a média dos cinco anos anteriores.
O país já havia registrado a maior taxa de mortalidade em 150 anos na primeira metade do ano, e embora tivesse voltado aos níveis normais ou abaixo da média desde julho, houve um aumento acentuado em novembro.
Explosão da 2ª onda e mudança de estratégia
Ao contrário dos outros países nórdicos, a Suécia optou no início por muitas recomendações que exigiam responsabilidade individual e alguma proibição, mas com a chegada da segunda onda de infecção pelo vírus SARS-CoV-2, o governo optou por um papel mais importante.
Assim, as reuniões públicas de mais de oito pessoas e a venda de bebidas alcoólicas foram proibidas a partir das 22h. Além disso, foi fixado o encerramento da vida noturna às 22h30 e estabelecida a educação virtual em faculdades e universidades até janeiro.
A Agência de Saúde Pública, encarregada de estabelecer as diretrizes, ainda não recomenda o uso de máscaras fora dos hospitais ou lares de idosos, pois considera que não há provas científicas suficientes.
A Suécia tem sido o país mais afetado na Escandinávia. Embora tenha números distantes de nações como Espanha, Itália, França e Reino Unido, a sua taxa de mortalidade de 73,79 por 100 mil habitantes é cinco vezes maior que a da Dinamarca e dez vezes maior que as de Noruega e Finlândia.
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