ONG denuncia morte de 14 profissionais da saúde em três dias na Venezuela
A ONG Médicos Unidos denunciou nesta sexta que 14 profissionais da saúde, na sua maioria médicos, morreram na Venezuela somente entre terça e quinta-feira desta semana.
"Recebemos informações de 14 novas mortes de profissionais da saúde com critérios para covid-19 chegar a 393, enquanto porta-vozes oficiais relatam 1.532 mortes no país. Somente a inépcia oficial justifica essas mortes", disse a ONG em sua conta no Twitter.
Na última terça, a organização informou sobre dez mortes causadas pelo vírus, em um período de três dias, e há uma semana indicou que em dois dias foram contabilizados os óbitos de nove profissionais da saúde.
Entre as mortes registradas entre terça e quinta desta semana estão 10 cirurgiões identificados como Dilcia Elena Gudiño Guedez, Mario Sánchez Borges, Delia Yelitza Castillo de Tovar, Leonardo Ramírez, Aida Lara, Xiomara Rodríguez, Luisa Mercedes Esperque Blondell, Enid Lara, José Luis García Sanz e Luis E. Monserrat.
As enfermeiras Marena Rangel Gil, Maryori Moreno, a auxiliar de nutrição María Rodríguez e o dentista Rafael Ernesto Castillo também morreram.
A ONG, que conta com mais de 4 mil profissionais da área da saúde, lembrou que seus relatórios são baseados em critérios "clínicos, epidemiológicos, de radiodiagnóstico e laboratoriais".
De acordo com seus dados, houve mortes de trabalhadores de saúde em todo o país e a província com mais vítimas é Zulia (noroeste), com 80; seguido pelo distrito Capital, com 46; Carabobo (centro), com 36; Bolívar (sul), com 27; Anzoategui (leste), com 24; Tachira (sudeste), com 21, e o restante dos 17 estados com menos de 20.
O governo de Nicolás Maduro assegura que desde o início da pandemia, há um ano, a Venezuela acumula 154.165 casos, dos quais 9.724 estão ativos, e 1.532 mortes por covid-19.
A oposição e os médicos independentes sustentam que há uma "subnotificação" de casos.
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