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Príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, morre aos 99 anos

09/04/2021 14h40

Londres, 9 abr (EFE).- O duque de Edimburgo, príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, morreu nesta sexta-feira, aos 99 anos, anunciou a Casa Real Britânica em um comunicado.

"É com profunda tristeza que Sua Majestade a Rainha anuncia a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real o Príncipe Philip, Duque de Edimburgo", observou o Palácio de Buckingham na nota.

"Sua Alteza Real morreu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor. Novos anúncios serão feitos no devido tempo".

Nesse sentido, o comunicado oficial observa que a Família Real Britânica "se une a pessoas de todo o mundo no luto por essa perda".

O príncipe Philip morreu hoje após ter se tornado o consorte real mais longevo da Coroa Britânica, com mais de setenta anos ao lado da rainha Elizabeth II.

Após ficar internado um mês no hospital, de onde teve alta no mês passado, o duque de Edimburgo, nascido na ilha grega de Corfu, em 10 de janeiro de 1921, morreu apenas dois meses antes de seu 100º aniversário.

Em sua última internação, ele foi submetido a uma cirurgia no hospital St Bartholomew, em Londres, para tratar um "problema cardíaco pré-existente".

Em 16 de março, ele recebeu alta do hospital e voltou ao Castelo de Windsor, a oeste de Londres, para se juntar à sua esposa.

As imagens do duque, visivelmente cansado no veículo de onde deixou o hospital, são as últimas dele em público antes de sua morte.

Sua morte, cuja causa não foi divulgada, ocorre em meio à crise global do coronavírus - a Casa Real descartou que sua hospitalização estivesse ligada à Covid-19 - e em um momento particularmente delicado para a monarquia britânica.

A entrevista explosiva dada pelo duque e a duquesa de Sussex, Harry e Meghan, deram na televisão americana, na qual fizeram acusações de racismo contra membros da família real, causando uma forte crise de reputação para o Palácio de Buckingham.

O pai do herdeiro da Coroa, o príncipe Charles, teve três outros filhos com Elizabeth II, além do Príncipe de Gales, nascido em 1948: princesa Anne (1950), príncipe Andrew (1960) e príncipe Edward (1964).

Ele vinha de uma família tradicional da realeza europeia: seu pai era o príncipe André da Grécia e da Dinamarca, e sua mãe, a princesa Alice, era bisneta da rainha Vitória.

Os mais altos representantes institucionais do Reino Unido imediatamente lamentaram sua morte, incluindo o primeiro-ministro, Boris Johnson, afirmando que o duque de Edimburgo "inspirou" e conquistou o "afeto" de várias gerações de britânicos.

Seu papel como membro da família real contribuiu por décadas para que a monarquia britânica "continuasse sendo uma instituição indiscutivelmente vital para o equilíbrio e a felicidade de nossa vida nacional", disse premiê, em um discurso diante de sua residência oficial de Downing Street.

Enquanto isso, o líder da oposição, o trabalhista Keir Starmer, disse que com a morte do duque, "um servidor público extraordinário" foi perdido.

A ministra-chefe da Escócia, Nicola Sturgeon, expressou sua "tristeza" e transmitiu suas "profundas condolências" à rainha Elizabeth II e à família real britânica.

O arcebispo de Canterbury, Justin Welby, primaz da Igreja da Inglaterra, expressou em um comunicado seu pesar pela morte do Duque e destacou sua vida "extraordinária" dedicada ao serviço público.