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Paraguai inicia novo período de restrições devido à pandemia

Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, vazia após fechamento da fronteira - STRINGER
Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, vazia após fechamento da fronteira Imagem: STRINGER

EFE

28/04/2021 00h40

O Paraguai inicia nesta terça-feira um novo período de restrições até o dia 10 de maio, que coincide com um aumento de casos e mortes por Covid-19, com 102 óbitos nas últimas horas, o maior número diário desde o início da pandemia, que já fez 6.002 vítimas no país desde março de 2020.

O grau das restrições depende da classificação sanitária de cada região, de acordo com a transmissão comunitária, mas contempla proibições de circulação noturna e medidas de prevenção sanitária para comércio, hotelaria e atividades esportivas e educacionais.

Com essas duas semanas de restrições, o Paraguai espera "cortar a circulação das pessoas para que haja menos infecções", disse o ministro da Saúde, Julio Borba.

O ministro, que acaba de se recuperar da Covid-19, reconheceu que este tipo de medidas "não são válidas por mais de 15 dias", devido ao cansaço que geram na população, e adiantou que após esse período "provavelmente se tornarão mais flexíveis".

O governo já adotou uma estratégia semelhante durante a Semana Santa, que não produziu o resultado esperado em termos de números de contágio, conforme reconhecido pelas próprias autoridades sanitárias.

Dessa vez o governo optou por "um controle um pouco mais rigoroso", lembrou Borba, com presença de militares e policiais nas ruas.

O ministro pediu aos cidadãos que respeitassem as restrições para garantir que "os serviços (médicos) fiquem menos sobrecarregados".

O sistema de saúde está saturado, com 3.074 pessoas internadas em hospitais, 549 deles em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).

O relatório diário do ministério registrou 2.271 positivos ontem, subindo para 269.353 o número de casos.

Também há preocupação com o número de mortes, que na segunda-feira ultrapassou a marca dos 100.

Dados do ministério falam de uma mortalidade entre 45% e 50% dos pacientes em UTIs.

A pasta também destaca o aumento das infecções nos últimos meses com a introdução da variante brasileira, detectada em fevereiro, que se espalha quase três vezes mais rápido.

Com a chegada de novas doses nos últimos dias, o Paraguai espera acelerar seu índice de vacinação nas próximas semanas e expandir o universo da população imunizada.

Hoje começou a vacinação de pessoas com mais de 75 anos, dentro da campanha que teve início em fevereiro com os profissionais da saúde e continuou com os idosos que vivem em asilos.