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Guaidó acusa Maduro de vínculos com grupos narcoterroristas internacionais

30/04/2021 22h30

Caracas, 30 abr (EFE).- O líder da oposição da Venezuela, Juan Guaidó, acusou o presidente do país, Nicolás Maduro, de ter ligações com grupos narcoterroristas internacionais, como o Hezbollah e dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o que, segundo ele, representaria uma ameaça para a América do Sul.

"A ditadura de Maduro representa uma séria ameaça à estabilidade e à paz da região. Hoje, Maduro tem perigosos laços militares, de inteligência e econômicos com regimes como Irã, Rússia, Cuba e China. Esses laços também se estendem a grupos narcoterroristas internacionais, como os dissidentes do ELN (Exército de Libertação Nacional da Colômbia) e das Farc, e também com o Hezbollah", acusou o opositor durante sua participação no Sedona Forum, organizado pelo Instituto McCain.

Segundo Guaidó, Maduro, que está no poder desde 2013, permite que todos esses grupos, os quais definiu como "corporação transnacional do crime organizado", atuem na Venezuela para ajudá-lo a explorar o chamado Arco Minero del Orinoco. Trata-se de uma vasta região rica em recursos como ouro, cobre, diamante, coltan e bauxita.

"Nesta área o ouro de sangue é explorado, crimes como o tráfico humano são cometidos, os povos indígenas são massacrados, os direitos humanos são violados e os esforços dos Estados Unidos e da comunidade internacional para enfrentar a mudança climática são sabotados", denunciou.

Por esta razão, ele pediu ao governo dos Estados Unidos para continuar no que considera uma "busca de justiça para responsabilizar aqueles que saquearam a Venezuela e cometeram graves violações dos direitos humanos", em uma alusão aos funcionários da equipe de Maduro.

Além disso, Guaidó pediu que a Força de Ação Especial da Polícia Nacional Bolivariana (Faes-PNB) seja declarada como um grupo de extermínio que procura dizimar a população e que não deve ter qualquer tipo de apoio que contribua para suas ações.

A Alta Comissária das Nações para os Direitos Humanos, a chilena Michelle Bachelet, recomendou que o governo venezuelano dissolva esse grupo policial, que foi acusado de violações dos direitos humanos por ativistas e líderes da oposição. Porém, Maduro ignorou as recomendações e declarou publicamente seu apoio à Faes.