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OMS pede a governos e farmacêuticas que doem vacinas "em dias, não em meses"

18/05/2021 02h02

Genebra, 17 mai (EFE).- O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, criticou nesta segunda-feira as empresas farmacêuticas que desenvolveram vacinas contra a covid-19 pelos longos prazos que anunciaram para doar doses a países em desenvolvimento, e pediu que elas e os países ricos se mostrem solidários "em dias, não em meses".

O programa Covax, criado pela OMS para doar vacinas contra a covid-19 aos países em desenvolvimento, entregou 65 milhões de doses a 140 países, mas no ritmo atual terá enviado 190 milhões a menos do que o planejado até o final de junho, segundo Tedros.

"Queremos que as empresas fabricantes se unam ao esforço da AstraZeneca" - empresa da qual provém a maior parte das doses distribuídas pela Covax por enquanto -, afirmou o chefe da OMS, além de ressaltar que esta campanha de solidariedade "depende da vontade dos governos e das empresas".

O etíope enfatizou que a Pfizer se comprometeu a doar 40 milhões de doses à Covax, "mas a maioria seria distribuída no segundo semestre de 2021, e nós precisamos dessas doses agora".

Algo semelhante acontece com os acordos entre a OMS e a Janssen (subsidiária da Johnson & Johnson), enquanto a Moderna "assinou um acordo para doar 500 milhões de doses, mas a maioria se comprometeu a doá-las para 2022", quando "precisamos urgentemente de centenas de milhões de doses em 2021, dado o delicado momento da pandemia", explicou Tedros.

O diretor da OMS também pediu que o Instituto Serum, da Índia, um dos maiores fabricantes de vacinas do mundo e atual parceiro na produção de doses do imunizante da AstraZeneca, contribua com a Covax o mais rápido possível, "assim que a onda da Covid-19 em território indiano se reduza".