Esposa de El Chapo se declara culpada por tráfico e lavagem de dinheiro
Emma é acusada de dois crimes de conspiração, um para distribuir drogas ilegais nos EUA e outro para lavagem de dinheiro, e por realizar operações com propriedades de um importante traficante de drogas estrangeiro.
A esposa do ex-líder do cartel de Sinaloa, de 31 anos, e com dupla nacionalidade - mexicana e americana -, respondeu brevemente ao juiz Rudolph Contreras, que acatou sua declaração, em audiência transmitida por telefone na qual também afirmou ter colaborado nas atividades e a fuga de seu marido de uma prisão mexicana em 2015.
O magistrado marcou uma audiência para 15 de setembro, onde será determinada a sentença de Emma Coronel, que pode pegar no mínimo 10 anos de prisão e no máximo a prisão perpétua que também implica uma multa de US$ 10 milhões.
Emma Coronel, que tem duas filhas com o narcotraficante condenado há dois anos nos Estados Unidos, foi capturada no Aeroporto Internacional de Dulles, na Virgínia, em fevereiro, por suspeita de ajudar seu marido a importar drogas para o país. Ela segue presa desde então sem direito a fiança, e continuará desta forma até a data da sua sentença.
Durante a audiência, aberta à imprensa e ao público, Emma Coronel limitou-se principalmente a responder sim ou não às perguntas do juiz, dando-lhe a entender que era competente e que conhecia as consequências da sua confissão de culpa.
O juiz Contreras recordou que as acusações não são resultado de uma acusação do grande júri e que, portanto, ela se declarou culpada do que é considerada uma "informação", o que a privaria do direito a um julgamento e "provavelmente" de apelar da sentença, com a qual ela disse concordar.
O promotor Anthony Nardozzi afirmou que o governo americano poderia comprovar cada uma das acusações através de testemunhas e dados da polícia, revelando que a ex-rainha da beleza ajudou El Chapo, com quem se casou em 2007, a "facilitar a importação" de drogas para os EUA e fugir da prisão de Altiplano em 2015.
Ela também explicou que ao longo do casamento "controlou" as propriedades comerciais e residenciais do marido e a renda derivada de seus aluguéis, envolvendo uma série de transações financeiras que violam as leis americanas.
Contreras pediu a Emma Coronel que ouvisse essas denúncias em busca de erros, das quais confirmou que eram "verdadeiras e corretas" e que havia participado de todas as atividades que os promotores resumiram.
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