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OMS: Variante delta é mais rápida e pode aproveitar relaxamento de medidas

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em Genebra - Denis Balibouse
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em Genebra Imagem: Denis Balibouse

Da EFE, em Genebra

22/06/2021 01h29Atualizada em 22/06/2021 10h34

A variante delta do coronavírus, detectada pela primeira vez na Índia, é a que se transmite com maior velocidade e pode aproveitar o relaxamento das medidas restritivas em muitos países para se expandir, segundo advertiu nesta segunda-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Esta variante nos preocupa muito e já está circulando em 92 países", destacou Maria Van Kerkhove, chefe da célula técnica anti-covid-19 da OMS, em entrevista coletiva.

"A variante delta tem agora a oportunidade de ser transmitida com o aumento da socialização, se a flexibilização das medidas for feita muito precoce em um momento em que grandes populações ainda não são vacinadas", acrescentou a especialista americana.

Van Kerkhove salientou que, pelo lado positivo, não há indícios de que a variante delta represente um aumento da mortalidade entre os afetados pela covid-19 e que as vacinas continuem a ser eficazes contra ela, pelo menos na redução dos casos.

"De qualquer forma, é importante frisar que é preciso receber duas doses da vacina para ficar totalmente protegido", completou.

Da mesma forma, as medidas sanitárias também se mostram eficazes para impedir a transmissão dessa variante detectada pela primeira vez na Índia, o que, na opinião de Van Kerkhove, pode significar "que devem ser aplicadas por um período mais longo".

"É a variante mais rápida e pode facilmente afetar os mais vulneráveis", reiterou, por sua parte, o diretor de Emergências Sanitárias da OMS, Mike Ryan.

Já o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, indicou que os casos globais de covid-19 caíram pela oitava semana consecutiva, enquanto os óbitos já estão caindo há sete semanas, embora os números ainda sejam elevados (2,5 milhões de infecções no mundo e 64 mil mortes nos últimos sete dias).

Além disso, ressaltou que a curva descendente global está se achatando, o que significa um freio na queda de casos em muitas regiões.

"Na África há inclusive uma alta rápida, com aumento de 40% nas infecções e mortes na semana passada", alertou Tedros.