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Venezuela recebe 1º lote de vacina experimental cubana Abdala

25/06/2021 04h27

Caracas, 24 jun (EFE).- A Venezuela recebeu nesta quinta-feira um primeiro lote da vacina experimental cubana Abdala, que há dois dias apresentou eficácia de 92,2% contra a covid-19 nos resultados preliminares da terceira e última fase de testes, anunciaram as autoridades do país sul-americanos, sem detalhar quantas doses foram enviadas.

Em pronunciamento exibido na rede estatal de televisão "VTV", a vice-presidente executiva da Venezuela, Delcy Rodríguez, e o embaixador cubano em Caracas, Dagoberto Rodríguez, anunciaram a chegada do primeiro lote "como um sinal da estreita relação" entre os dois países.

A vice-presidente e o embaixador assinaram um ato de recepção da vacina, que é desenvolvida pelo Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia de Cuba.

"Esta vacina que chega à Venezuela se chama Abdala (...) e milhões de doses a mais chegarão", disse o diplomata cubano.

Por sua vez, a vice-presidente venezuelana declarou que seu país assinou um contrato com Cuba para o "fornecimento de 12 milhões de doses da Abdala" que chegarão ao país "nos próximos meses".

"Hoje, Cuba, com suas candidatas a vacina, também está dando lições ao mundo, lições éticas, morais, científicas e tecnológicas. Não há nenhum bloqueio que possa resistir à vontade do povo", acrescentou a vice-presidente venezuelana.

Para que uma vacina experimental seja ratificada, deve demonstrar eficácia igual ou superior a 50%, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Venezuela assinou pelo menos quatro acordos para a aquisição de vacinas contra a covid-19. O primeiro foi feito em dezembro do ano passado, com a Rússia, para a compra de 10 milhões de doses da vacina Sputnik V.

Em 4 de junho, as autoridades venezuelanas relataram a assinatura de outro acordo, com a empresa farmacêutica russa Gerofarm para o embarque de 10 milhões de doses da vacina EpiVacCorona.

O país também recebeu doses da vacina chinesa da Sinopharm, mas os detalhes não são conhecidos. Além disso, está programado o envio de mais de 11 milhões de doses de vacinas por parte do sistema Covax, da Organização Mundial de Saúde - o processo está pendente, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), porque a Venezuela deve uma parte do pagamento.

O governo venezuelano alega que esse pagamento foi feito, mas que o dinheiro foi bloqueado "por um banco internacional" e que o caso está sob "investigação".

De acordo com dados públicos de 12 de junho, o país havia recebido 3,23 milhões de doses de vacinas contra a doença causada pelo novo coronavírus.