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OMS afirma que vacinas de laboratórios chineses requerem três doses

22.jan.2021 - Frascos da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan junto à Sinovac - Amanda Perobelli/Reuters
22.jan.2021 - Frascos da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan junto à Sinovac Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

11/10/2021 15h28

As vacinas contra a covid-19 desenvolvidas pelos laboratórios chineses Sinovac e Sinopharm, baseadas em vírus inativados, necessitam ser administradas em três doses, informaram nesta segunda-feira especialistas da OMS (Organização Mundial da Saúde), que analisaram o programa de vacinação global.

"Todas as evidências indicam que é necessária uma terceira dose dessas mesmas vacinas ou de suas similares", comentou em entrevista coletiva o mexicano Alejandro Cravioto, presidente do Grupo Assessor Estratégico de Especialistas da OMS, ao se referir às vacinas chinesas.

A recomendação da OMS pode afetar não só as campanhas de vacinação na China, onde a maioria das 2,2 bilhões de doses administradas são desses laboratórios, mas também de países da América Latina, Ásia, África e Leste Europeu que importaram e usaram esses imunizantes, como o Brasil.

Europa e Estados Unidos não aprovaram o uso das vacinas de Sinovac e Sinopharm, mas a OMS as incluiu em sua lista de uso emergencial e pediu que a comunidade internacional faça o mesmo para evitar discriminação na entrada de viajantes procedentes de determinados países.

Cravioto afirmou que essas terceiras doses deverão ser destinadas primeiro em pessoas com mais de 60 anos, grupo de idade que apresentou mais problemas de resposta ao coronavírus ao se vacinar com as fórmulas de Sinovac e Sinopharm.

O especialista também abriu a porta para que as pessoas que receberam as vacinas de Sinovac e Sinopharm possam ser receber uma dose de reforço de alguma outra vacina aprovada pela OMS, como as de Pfizer, Moderna, Janssen e AstraZeneca.