Segundo país da UE com menos vacinados, Romênia enfrenta colapso de hospitais
Embora o número de infecções diárias tenha diminuído um pouco nos últimos dias, os números ainda são os mais altos desde o início da pandemia.
O Hospital de Emergência da Universidade de Bucareste é um dos maiores e mais modernos da Romênia e está sofrendo as consequências dessa explosão de casos graves, que forçou a suspensão de todas as hospitalizações não essenciais e a transferência de dezenas de pacientes para outros países europeus.
A enxurrada de internações de pacientes com sintomas graves do novo coronavírus obrigou o centro médico a converter a recepção em uma UTI improvisada, e ela se tornou um vaivém de macas com novos pacientes esperando para serem admitidos, enquanto inúmeros que sofrem de covid estão conectados a máquinas portáteis de oxigênio por trás de cortinas transparentes.
Esses pacientes chegaram a ser tratados em uma barraca no pátio do hospital.
"É uma situação completamente anormal estar em um espaço externo a 7 graus; um paciente precisa ser tratado dentro do hospital", alertou o diretor da instituição, Florian Cirstoiu, à Agência Efe, ao destacar a especial virulência com que a covid ataca o organismo dos não vacinados.
Ao contrário de outros hospitais, que se dedicaram inteiramente a tratar pacientes com covid, a Universidade de Bucareste também trata de emergências de outras especialidades.
"Atuamos com um sistema híbrido que é muito difícil de administrar, porque exige separar os casos positivos dos negativos", disse o médico sobre o procedimento aplicado nos 12 andares do hospital e em todos os departamentos.
Em meio ao difícil cenário, profissionais que trabalham no local passaram a assinar vários atestados de óbito diariamente.
"Quando você tem 10 mortes por dia por departamento, a pressão psicológica para a equipe do hospital é muito forte, porque por trás do drama pessoal está o de uma família, de um marido, de uma mulher, de uma mãe e de um pai", enfatizou o diretor.
O número excepcionalmente alto de pacientes com problemas respiratórios graves devido à covid fez com que até 400 sistemas de fornecimento de oxigênio funcionassem ao mesmo tempo no hospital.
Profissionais explicaram que essa alta concentração de oxigênio nas salas, aliada à sobrecarga que o equipamento representa para as instalações elétricas cria um alto risco de incêndio e obriga a equipe a tomar ainda mais cuidados.
Nos últimos 14 meses, 27 pessoas morreram em três incêndios diferentes em unidades de tratamento de coronavírus em hospitais romenos. EFE
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