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Mundo pode evitar que variante ômicron gere outra crise global, afirma Tedros

09/12/2021 01h12

Genebra, 8 dez (EFE).- O diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, pediu nesta quarta-feira para que os governos revisem as suas estratégias sanitárias diante da variante ômicron do coronavírus causador da covid-19, e afirmou que é possível impedir que esta cepa crie uma nova crise global.

"Cada governo, cada indivíduo, deve utilizar todos os instrumentos que dispomos, e os Estados devem rever os seus planos nacionais em meio à situação atual", disse Tedros, que insistiu que a vacinação das populações de maior risco deve ser acelerada.

"Se os países esperarem até os seus hospitais começarem a encher, será tarde demais, temos de agir agora", advertiu o chefe da OMS.

Tedros pediu também que a informação epidemiológica seja compartilhada com a comunidade internacional para um melhor monitoramento da variante ômicron, e exigiu que os governos "suspendam as proibições de viagens discriminatórias", como as emitidas contra os países do sul da África no final de novembro.

O chefe da OMS agradeceu a França e Suíça por suspenderem as proibições de viagem às pessoas do sul da África (região onde foram detectados os primeiros casos de ômicron) e insistiu para que o resto da comunidade internacional faça o mesmo.

Tedros admitiu que a variante ômicron "pode ter um impacto importante no curso da pandemia", mas disse ser cedo demais para tirar conclusões definitivas sobre os seus efeitos em vacinas, tratamentos, transmissibilidade e outros fatores.

"Temos de compreender se a variante ômicron pode substituir a variante delta (ainda dominante), e é por isso que pedimos a todos os países que aumentem a vigilância, os testes e o sequenciamento do genoma", comentou.

De acordo com ele, alguns testes preliminares parecem indicar que a variante ômicron tende a causar sobretudo casos leves de covid-19, mas que ainda não é possível tirar conclusões definitivas. EFE