Flurona não eleva risco de mutação do coronavírus, diz epidemiologista da OMS
Os vírus influenza, da gripe, e o que provoca a covid-19 não compartilham informações, e com isso a proliferação de casos de flurona (contágios com ambas as doenças ao mesmo tempo) não aumenta o risco de o coronavírus evoluir para variantes mais perigosas, disse nesta terça-feira, em entrevista coletiva, o epidemiologista Abdi Mahamud, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
"São vírus de espécies completamente diferentes que usam receptores diferentes para infectar, e não há muita interação entre eles", explicou.
Mutações do coronavírus Sars-CoV-2 tendem a ocorrer especialmente em pessoas não vacinadas, nas quais o patógeno tem maior probabilidade de se replicar, acrescentou o especialista.
O principal objetivo para combater a propagação do coronavírus deve continuar sendo "vacinar todos para que as chances de mutação sejam reduzidas".
Mahamud considerou normal o surgimento de mais casos de flurona do que na estação anterior, devido ao maior relaxamento em muitas sociedades em relação à pandemia e à redução nas vacinações contra a gripe em alguns países.
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