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Kiev afirma que número de soldados russos é 'insuficiente' para grande invasão

Tanque russo durante exercício militar na região de Rostov, na fronteira com a Ucrânia - Sergey Pivovarov/Reuters
Tanque russo durante exercício militar na região de Rostov, na fronteira com a Ucrânia Imagem: Sergey Pivovarov/Reuters

26/01/2022 20h08

O número de soldados russos reunidos na fronteira com a Ucrânia não é suficiente para uma invasão em grande escala do país, segundo disse o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Dmytro Kuleba, nesta quarta-feira.

"O número de soldados russos concentradas ao longo da fronteira ucraniana e nos territórios ocupados é grande e representa uma ameaça direta à Ucrânia. No entanto, no momento, esse número é insuficiente para uma ofensiva em larga escala contra a Ucrânia", considerou Kuleba durante uma coletiva de imprensa em Kiev.

O ministro ucraniano ainda acrescentou que os soldados russos não têm "indicações e meios militares" para realizar uma ofensiva em grande escala.

No entanto, Kuleba ressaltou que a Rússia poderia aumentar sua presença militar na fronteira com a Ucrânia no futuro.

Na mesma entrevista, o chefe da diplomacia ucraniana garantiu que Kiev, Washington e outros países ocidentais "concordam" na avaliação da ameaça russa.

Segundo Kuleba, a Rússia já está executando um roteiro para desestabilizar a Ucrânia por outros meios.

"O que vemos hoje é um cenário de desestabilização da Ucrânia que é iminente e já está ocorrendo. O pânico está sendo semeado, o sistema financeiro está sendo pressionado, ataques cibernéticos estão sendo realizados contra a Ucrânia", detalhou.

Para Kuleba, tudo isso é "parte do plano de agressão russo".

"Tenho certeza de que o presidente (russo, Vladimir) Putin ficaria feliz se tal plano tivesse sucesso sem a necessidade de usar o poder militar", enfatizou Kuleba.

Nesta quarta-feira, o chefe das Relações Exteriores da Ucrânia viajará à Dinamarca em uma visita de dois dias para abordar a tensão com a Rússia e um pacote de medidas para conter Moscou, segundo a diplomacia ucraniana. EFE