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Rússia inclui enxadrista Kasparov na lista de agentes estrangeiros

Khasparov está no exílio e sua inclusão na lista deve-se ao fato de ter realizado atividades políticas com financiamento estrangeiro - Foto24/Gallo Images/Getty Images
Khasparov está no exílio e sua inclusão na lista deve-se ao fato de ter realizado atividades políticas com financiamento estrangeiro Imagem: Foto24/Gallo Images/Getty Images

20/05/2022 21h28

O Ministério da Justiça da Rússia incluiu nesta sexta-feira na lista de agentes estrangeiros dois opositores do Kremlin e da campanha militar russa, segundo Moscou, na Ucrânia, o oligarca Mikhail Khodorkovsky e o jogador de xadrez Garry Kasparov.

A inclusão na lista de Khodorkovsky e Kasparov, ambos no exílio, deve-se ao fato de terem realizado atividades políticas com financiamento estrangeiro, dos Estados Unidos e da Ucrânia, segundo o comunicado oficial.

Khodorkovsky, que já foi o homem mais rico da Rússia quando presidiu a petrolífera Yukos, foi perdoado em 2013 pelo chefe do Kremlin, Vladimir Putin, depois de cumprir dez anos de prisão e desde então tem se dedicado a apoiar a oposição democrática.

Um de seus principais membros foi Kasparov, que abandonou o xadrez para participar do movimento de protesto, embora tenha ido para o exílio há dez anos após ser preso por morder um policial.

Ambos deram inúmeras entrevistas na imprensa ocidental nos últimos três meses para condenar a "operação militar especial" russa na Ucrânia e pedir aos Estados Unidos e à União Europeia que aprovem sanções contra Moscou.

A lista de agentes estrangeiros começou a ser elaborada no final de dezembro de 2020 com a inclusão de jornalistas e ativistas, entre os quais o mais destacado foi Lev Ponomaryov, o mais antigo defensor dos direitos humanos que recentemente se exilou na Geórgia devido à perseguição por parte dos serviços de segurança russos.

As pessoas declaradas agentes estrangeiros não podem ocupar cargos na administração pública russa ou ter acesso a segredos de Estado.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu a lei sobre agentes estrangeiros como forma de limitar a interferência ocidental na vida política russa.

Ele também argumenta que repete práticas existentes em outros países, especialmente nos Estados Unidos, embora a oposição o considere um instrumento para perseguir os mais críticos ao Kremlin.