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Duque reconhece vitória de Petro e promete "transição transparente"

20/06/2022 14h29

Madri, 20 jun (EFE) .- O presidente da Colômbia, Iván Duque, reconheceu nesta segunda-feira a vitória do esquerdista Gustavo Petro no segundo turno das eleições presidenciais realizadas ontem no país e afirmou que "os fundamentos centrais da democracia não podem ser alterados".

Duque participou, por teleconferência, da 15ª edição do fórum "Ibero-América: Democracia e Liberdade", organizado pela Casa de América, de Madri, pela Fundação Internacional da Liberdade (FIL), e fez uma avaliação do resultado do pleito.

Democracia é "reconhecer quando há um pronunciamento popular como esse", declarou Duque sobre a vitória do ex-prefeito de Bogotá, que vai liderar o primeiro governo de esquerda da história da Colômbia.

"Todo nosso apoio a Gustavo Petro para garantir uma transição transparente, eficaz, harmoniosa e pacífica para o bem da Colômbia", disse o presidente colombiano, de direita.

"Aqueles de nós que assumem a presidência de nossas nações têm um grande desafio, sermos guiados pela ordem constitucional e pela legalidade, pelo respeito à independência dos poderes e estarmos sempre a serviço dos cidadãos", acrescentou.

Para Duque, o "problema" na América Latina hoje não é um debate "entre esquerda e direita", mas entre "autocratas e democratas".

"Os autocratas usam a democracia, chegam ao poder e, sutilmente, podem transformá-la em uma ditadura, e quando conseguem colocar as instituições a seu serviço, dão esse passo em direção à ditadura, que foi o processo chavista e madurista na Venezuela", argumentou.

Duque reiterou que "ninguém é eleito presidente para "fazer o que quiser", mas para "governar e dar garantias", assim como para "defender ao máximo a separação de poderes e as liberdades econômicas".

"A democracia é como a saúde, quando a temos, não a valorizamos, mas quando a sentimos ameaçada, saímos para recuperá-la, muitas vezes fazendo movimentos que às vezes não são coerentes", comentou.

O presidente colombiano, que permanecerá no posto até 7 de agosto, garantiu que continuará trabalhando pela América Latina em defesa das liberdades com outros líderes e organizações, como a FIL.

"Tenho 45 anos, e é absolutamente claro para mim que não estou no modo de despedida. Minha voz continuará a ser como sempre foi, clara, inabalável. Trabalharei pela Colômbia como tenho feito até agora, defendendo minhas convicções pela democracia, a liberdade econômica e a defesa do meio ambiente", afirmou. EFE