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Secretário-geral da Otan exige que Putin coloque fim na guerra da Ucrânia

30/06/2022 14h03

Madri, 30 jun (EFE).- O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, exigiu nesta quinta-feira que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, coloque um fim imediato na guerra na Ucrânia, que já ultrapassa quatro meses de duração.

"O presidente Putin deveria retirar suas forças e colocar fim à guerra imediatamente, detendo o ataque a uma nação democrática e soberana", disse o político norueguês em entrevista coletiva concedida ao término da cúpula da aliança, realizada em Madri, na Espanha.

Stoltenberg garantiu que "a guerra brutal do presidente Putin na Ucrânia é totalmente inaceitável e está causando muitas mortes e danos para o povo ucraniano".

Além disso, o secretário-geral da Otan destacou que o conflito "tem ramificações para todo o mundo, pelo aumento nos preços dos alimentos".

No fim de dois dias de reunião dos chefes de Estado e de governo dos países aliados, Stoltenberg afirmou que "esta crise alimentar não causou as sanções da Otan, mas sim a guerra de Putin".

O ex-primeiro-ministro da Noruega exaltou que a Turquia esteja trabalhando em favor de um acordo, que a Grécia esteja disposta a colocar à disposição embarcações para retirar por mar os grãos da Ucrânia, e que outros aliados estejam envolvidos em diferentes esforços diplomáticos para que os cereais da Ucrânia possam sair através do mar Negro.

Stoltenberg reconheceu que a situação pode piorar, "porque se isso se converter em uma guerra em grande escala entre Rússia e Otan, então veremos sofrimento, danos, morte, destruição em uma em uma escala que seria muito pior do que vemos na Ucrânia hoje".

"A Otan tem duas tarefas; uma é proporcionar apoio à Ucrânia, mas também temos uma responsabilidade de enviar uma escalada para além da Ucrânia", disse o norueguês.

Stoltenberg destacou que os aliados decidiram ampliar a presença militar no leste da Europa, "para não deixar espaço para confusões ou erros de cálculo de Moscou sobre nossa disposição de proteger cada centímetro do território" da Otan.

"Garantimos que não haja nenhum equívoco na mente de nenhum adversário, se fazem como a Rússia fez na Geórgia em 2008 ou agora na Ucrânia", afirmou.

Na cúpula, em Madri, a Otan aprovou uma nova estratégia para a próxima década, em que passou a considerar a Rússia como a principal ameaça da aliança, enquanto que alerta que a China representa um "desafio" para seus valores.

"Abordamos o modo com que a Rússia e a China seguem buscando benefícios políticos, econômicos e militares na nossa vizinhança meridional. Tanto Moscou como Pequim estão utilizando a influência econômica, a coerção e os enfoques híbridos para promover seus interesses na região", concluiu Stoltenberg. EFE