Israel avaliará situação de mulheres que trabalham em prisões após denúncias
De acordo com comunicado conjunto divulgado pelas pastas, será realizado "um exame renovado dos postos designados para mulheres e, se necessário, uma redefinição das funções e tarefas das soldados no sistema penitenciário".
O comunicado não menciona se haverá investigação interna oficial sobre as denúncias de abuso sexual, que se tornaram processos na justiça israelense.
Os relatórios de que mulheres das forças armadas de Israel foram entregues pelos próprios comandantes a presos para serem agredidas sexualmente, surgiram anos atrás, mas os casos não avançaram por falta de provas.
Nos últimos meses, novas denúncias trouxeram o escândalo mais uma vez à tona.
Em um dos casos, a vítima alega ter sido estuprada repetidamente na penitenciária de Gilboa por Mahmoud Atallah, palestino preso acusado de assassinar israelenses, em troca de que fosse mantida a ordem entre os outros detidos.
Esta e outras denúncias indicam que Rani Basha, que era oficial de inteligência em Gilboa e que foi dispensado dos serviços no mês passado, era o mentor destes abusos.
"Os fatos que, supostamente, aconteceram entre os muros da prisão são extremamente graves e não devemos ignorá-los", afirmou o ministro da Defesa israelense, Benny Gantz.
Segundo o integrante do governo, será reexaminado o tempo que as jovens militares devem servir nas prisões, e um comitê apresentará recomendações sobre a situação no fim de novembro.
Já foi determinado que elas não mais se desloquem até os prisioneiros e que sejam feitas auditorias para garantir a proteção das mulheres. EFE
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