Bolsonaro diz que vitória de Trump é 'passo importantíssimo' para sua volta
Carolina Juliano
08/11/2024 05h56
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Ex-presidente quer realizar "sonho" de disputar a eleição de 2026. Ele afirmou, em entrevista à Folha, considerar a eleição de Donald Trump à Casa Branca um "passo importantíssimo" para voltar ao Palácio do Planalto em 2027. Bolsonaro foi condenado em 2023 pelo TSE por abuso de poder político e econômico e uso indevido dos meios de comunicação, por difundir mentiras sobre o processo eleitoral em reunião com embaixadores e utilizar eleitoralmente um evento da Presidência. Ele está inelegível pelo menos até 2030 e ainda é alvo de outras investigações. Mas o ex-presidente disse que tudo o que se passa nos EUA, se passa no Brasil, e que seu retorno à presidência "passa por Trump". "É igual uma caminhada de mil passos, você tem que dar o primeiro, tem que dar o décimo. E o Trump é um passo importantíssimo", disse. Leia a entrevista.
Lula adia mais uma vez anúncio do corte de gastos. O presidente se reuniu ontem com a equipe econômica, mas resolveu marcar para hoje uma nova reunião incluindo os ministros da área social. Um integrante da equipe econômica que participou da reunião desta quinta disse que algumas medidas ainda precisam ser explicadas. Segundo pessoas a par das discussões, o abono salarial (que é pago a trabalhadores com carteira que ganham até dois salários mínimos) deve ser alvo de um redesenho e há mais de um formato em análise. O diagnóstico é de que o benefício, que custará R$ 30,7 bilhões em 2025, pode ser mais concentrado nos mais pobres. Veja outras medidas.
Filhos, Musk e aliados estão entre cotados para integrar o governo Trump. O presidente eleito dos Estados Unidos disse que quer se cercar de aliados fiéis no retorno à Casa Branca. A primeira escolha anunciada foi Susie Wiles, codiretora de sua campanha, que será a chefe de gabinete. O empresário Elon Musk é uma das pessoas de confiança do novo presidente que está cotado para compor o seu governo. Musk se tornou um dos grandes apoiadores de Trump e especula-se que ele gastou US$ 119 milhões para apoiar a campanha. Outros cotados são o advogado Robert F. Kennedy Jr. e seus filhos Eric, Barron e Donald Trump Jr. Veja outros que estão na lista.
Joe Biden promete transição ordenada de governo. O presidente dos Estados Unidos disse ontem que a vontade do povo prevaleceu, pediu que a tensão no país seja reduzida e prometeu uma "transição pacífica e ordenada" de poder. Ele ainda tentou consolar sua base, que vive um momento de troca de acusações, e mandou recados a Donald Trump de que o sistema eleitoral americano funciona. Em sua primeira declaração após seu partido ter perdido a eleição, Joe Biden pediu que a "temperatura seja reduzida" e que apoiadores possam ver os demais como americanos, e não adversários. Biden disse que telefonou para Trump e o convidou para visitar a Casa Branca, postura que contrasta com o comportamento do rival que, em 2020, se recusou a reconhecer sua derrota, dificultou a transição e não compareceu à posse.
SP tem risco de inundações e deslizamentos nesta sexta. A passagem de uma frente fria deixa todo o estado sob alerta de perigo para chuvas intensas e no fim de semana há previsão de frio. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais informou que há possibilidade de alagamentos em áreas com deficiência de drenagem, enxurradas e inundações bruscas de córregos e canais urbanos. Há risco de deslilzamentos de terra, principalmente na proximidade com o litoral, devido ao acumulado da chuva, e também chance de ventos intensos, com rajadas que podem chegar a 100 km/h. Isso provoca riscos de queda de galhos e corte de energia elétrica. Veja a previsão completa.
Banco Central dos EUA anuncia redução dos juros em 0,25 ponto percentual. Com o corte, a taxa passa a ser de 4,5% a 4,75% ao ano. É a segunda redução consecutiva do Fed, que havia ficado quatro anos sem reduzir os juros. A aposta do mercado financeiro era de que a taxa fosse sendo reduzida medicante a expansão da atividade econômica que, segundo analistas, está em um "ritmo sólido". Os integrantes do Fed pretendem chegar a uma taxa de juros "neutra", que nem impulsione nem suprima a demanda, mantendo a inflação estável na meta de 2%.