Oposição se retira de conversas de paz em Burundi após morte de líder oposicionista
Por Clement Manirabarusha e Goran Tomasevic
BUJUMBURA (Reuters) - A oposição de Burundi boicotou conversas de paz com o governo nesta segunda-feira em protesto devido à morte de um líder oposicionista, apesar de pedidos da ONU por diálogos que levassem ao fim dos protestos e da violência que já duram um mês no país africano.
Grupos de direitos humanos dizem que pelo menos 20 pessoas morreram desde que os protestos se iniciaram em 26 de abril, um dia após o presidente Pierre Nkurunziza anunciar que iria tentar um terceiro mandato.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e outros, condenaram a morto de Zedi Feruzi por atiradores não identificados no sábado. O partido de Feruzi faz parte de uma grande oposição que diz que o presidente está rompendo o limite constitucional de dois mandatos.
Alguns grupos da oposição e civis começaram a abandonar as conversas no domingo. O restante saiu nesta segunda-feira em protesto pelo assassinato de Feruzi, disse o porta-voz presidencial Gervais Abayeho.
"O governo continua aberto a conversas e o governo espera que eles irão atender aos chamados da comunidade internacional para retomarem as conversas, para que a solução seja encontrada na crise atual", disse Abayeho.
Um ativista envolvido nas negociações disse que a oposição quer que o governo permita protestos pacíficos, que a polícia para de matar manifestantes e que manifestantes presos sejam liberados, indicando que conversas podem ser resumidas caso as condições sejam aceitas.
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