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Siderúrgicas latinas precisam reforçar ações de defesa comercial contra China, diz Alacero

25/10/2016 09h54

SÃO PAULO (Reuters) - O presidente da Associação Latino-Americana de Aço (Alacero), Jefferson de Paula, cobrou nesta terça-feira uma maior mobilização das siderúrgicas da região contra as acearias chinesas, que segundo ele praticam no mercado internacional preços desleais que comprometem as empresas do setor de todo o mundo.

De Paula, que também preside a ArcelorMittal Aços Longos nas Américas Central e do Sul, afirmou que só em 2016 foram iniciados 180 processos contra práticas desleais e que 60 por cento dos casos envolvem siderúrgicas chinesas, mas apenas 5 desses processos foram iniciados por empresas latino-americanas contra companhias chinesas.

"A reação ainda parece muito tímida nos processos e vemos que Estados Unidos e Europa estão fazendo mais ... nós estamos tímidos na ação contra práticas desleais", disse ele na abertura de congresso da entidade, no Rio de Janeiro.

O executivo afirmou que atualmente há uma sobreoferta de mais de 700 milhões de toneladas de aço no mundo, das quais cerca de 400 milhões estão na China.

Segundo dados da Alacero, de janeiro a agosto, as importações de aço chinês pela América Latina somaram cerca de 5 milhões de toneladas, uma queda ante as 6,4 milhões registradas um ano antes.

(Por Rodrigo Viga Gaier)