Presidente Xi se consagra como "líder central" da China, ao lado de Mao e Deng
Por Michael Martina e Benjamin Kang Lim
PEQUIM (Reuters) - O Partido Comunista da China deu ao presidente do país, Xi Jinping, o título de "líder central" nesta quinta-feira, colocando-o em pé de igualdade com homens fortes do passado como Mao Tsé-Tung e Deng Xiaoping, mas indicou que seu poder não será absoluto.
Um longo comunicado divulgado pelo partido após uma reunião a portas fechadas de quatro dias com as principais autoridades em Pequim enfatizou que se deve preservar a importância da liderança coletiva.
O sistema de liderança coletiva "sempre deve ser seguido e não deveria ser violado por nenhuma organização ou indivíduo em nenhuma circunstância e por nenhuma razão", disse o comunicado.
Mas todos os membros do partido deveriam "se unir estreitamente ao redor do Comitê Central, com o Camarada Xi Jinping em seu centro", afirmou o documento, veiculado por meio da mídia estatal.
O título de "líder central" assinala um fortalecimento significativo da posição de Xi antes de um congresso partidário crucial no ano que vem, no qual um novo Comitê Permanente, a instância mais alta do poder na China, será constituído.
Desde que assumiu o cargo quase quatro anos atrás, Xi consolidou seu poder rapidamente, o que incluiu liderar um grupo que conduziu reformas econômicas e indicar a si mesmo como comandante-em-chefe dos militares, embora já controle as Forças Armadas por dirigir a Comissão Militar Central.
Embora seja chefe do partido, dos militares e do Estado, Xi ainda não havia recebido o título de "central".
Deng cunhou o termo "líder central". Ele disse que Mao, ele mesmo e Jiang Zemin eram líderes centrais, significando que tinham autoridade quase absoluta e não deviam ser questionados.
O congresso, que antes acontecia a cada cinco anos, será realizado na segunda metade de 2017, e Xi irá tentar incluir no Comitê Permanente tantos de seus colaboradores quanto possível.
(Reportagem adicional de Sue-Lin Wong)
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