Procurador de Brasília investiga investimentos de fundos de pensão estatais no Trump Hotel do Rio
Um procurador de Brasília iniciou uma investigação criminal sobre investimentos feitos por dois fundos de pensão estatais em um hotel de luxo do Rio de Janeiro que é parte da franquia Trump, de acordo com um documento apresentado em um tribunal e visto pela Reuters na terça-feira (1º).
O investimento de 130 milhões de reais dos dois pequenos fundos na incorporadora do hotel "exige investigação" devido ao tamanho, à estrutura e ao alto nível de risco, disse Anselmo Lopes, procurador federal da capital, no documento datado de 21 de outubro que deu início ao inquérito.
Lopes disse que o fundo de pensão da estatal Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e o fundo dos funcionários do Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Tocantins investiram o dinheiro na incorporadora LSH Barra Empreendimentos Imobiliários, que construiu o Trump Hotel Rio de Janeiro.
"Investir valores deste montante, para estes fundos de pensão (relativamente pequenos), viola princípios de diversificação e liquidez", argumentou Lopes no documento.
"É necessário verificar se o favoritismo demonstrado pelos fundos de pensão pela LSH Barra Empreendimentos Imobiliários e pela Trump Organization se deveu a pagamentos ilícitos e propinas", disse o procurador no texto de 15 páginas.
A investigação é parte de um inquérito mais profundo sobre fraudes em fundos de pensão estatais nos quais subornos foram supostamente pagos para garantir investimentos.
A Trump Organization e a LSH Barra Empreendimentos Imobiliários, a única proprietária do hotel, negaram qualquer irregularidade. A Serpro não respondeu a pedidos de comentário.
O Trump Hotel Rio de Janeiro, propriedade à beira-mar com 170 quartos próxima de onde o Parque Olímpico esteve localizado, é administrado pela imobiliária do candidato presidencial republicano norte-americano Donald Trump, embora nenhum dinheiro da Trump Organization tenha sido investido no projeto.
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