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Rússia lamenta 92 mortos de queda de avião no Mar Negro e procura caixa preta

26/12/2016 08h54

MOSCOU (Reuters) - A Rússia decretou um dia de luto no país nesta segunda-feira, dia seguinte à queda de um avião militar com destino à Síria no Mar Negro que matou todas as 92 pessoas a bordo, e ampliou uma operação de busca para tentar recuperar os corpos dos passageiros e a caixa preta da aeronave.

O avião, um TU-154 do Ministério da Defesa russo, levava dezenas de cantores do Coral do Exército Vermelho, dançarinos e membros de uma orquestra que iam à Síria entreter as tropas russas na véspera do Ano Novo.

Nove repórteres russos também estavam a bordo, além de militares e de Elizaveta Glinka, membro proeminente do conselho consultivo de direitos humanos do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Bandeiras foram hasteadas a meio mastro nesta segunda-feira, e pessoas depositaram flores no aeroporto de Sochi, região do sul da Rússia de onde o avião decolou, e diante do quartel-general moscovita da trupe de canto e dança Alexandrov do Exército.

O ministro dos Transportes russo, Maxim Sokolov, disse aos repórteres que um erro do piloto ou uma falha técnica são as explicações mais prováveis para a tragédia.

"As principais versões (para a queda) não incluem a ideia de um ato terrorista", afirmou Sokolov durante uma coletiva de imprensa em Sochi, relatou a agência de notícias RIA.

"Por isso, estamos trabalhando com a suposição de que as razões da catástrofe podem ter sido técnicas ou um erro do piloto."

A aeronave, um Tupolev da era soviética construído em 1983, transportava 84 passageiros e oito tripulantes.

O major-general Igor Konashenkov, porta-voz do Ministério da Defesa russo, disse nesta segunda-feira que 11 corpos foram recuperados até agora e que uma grande operação de busca por ar e mar envolvendo cerca de 3.500 pessoas está sendo ampliada.

Trinta e nove barcos, cinco helicópteros, um drone (aeronave não tripulada) e mais de 100 mergulhadores estão participando, disse. Soldados também estão explorando a costa do Mar Negro.

(Por Andrew Osborn)