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Orascom considera estender alternativas para plano da Oi, dizem fontes

01/03/2017 15h22

Por Ana Mano

SÃO PAULO (Reuters) - A Orascom está dando à operadora de telecomunicações Oi mais um mês para alterar um plano de reorganização que ajudaria a acelerar sua saída da recuperaçao judicial, disseram nesta quarta-feira três fontes envolvidas na questão.

As sugestões da Orascom para o plano, que foi revelado em dezembro e incluía uma proposta de trocar dívida por ações e uma injeção de capital de 1,25 bilhão de dólares, venceu em 28 de fevereiro. A Orascom e um grupo credor que fizeram as propostas podem revelar a extensão no fim do dia, disseram duas fontes.

A assessoria de imprensa da Orascom e do grupo de detentores de títulos não comentaram imediatamente o assunto. A assessoria de imprensa da Oi não quis comentar.

Pela proposta de dezembro, Orascom e credores representados pela Moelis, prometeram injetar até 1,25 bilhão de dólares na Oi, assumir o controle imediato da operadora e reorganizá-la. Outros credores têm criticado a proposta, dizendo que ela só favorece uma classe menor de detentores de bônus.

Estender o prazo deve dar tempo para os donos de bônus e o bilionário Naguib Sawiris, que controla a Orascom, discutirem o destino da Oi com os acionistas, superando as ofertas rivais.

O processo de reorganização da Oi, iniciado em junho, tem sido marcado por disputas entre credores e acionistas sobre o destino da operadora. O governo ameaçou intervir caso as partes interessadas não conseguissem chegar a um acordo.

Por volta das 15:20, as ações preferenciais da Oi subiam 0,3 por cento, enquanto as ordinários cediam 0,5 por cento.

Os detentores de bônus e a Orascom prometeram subscrever toda a injeção de capital se ninguem mais quiser participar. Em troca, os novos credores teriam direito a uma remuneração de 7,5 por cento para subscrever o aporte de capital.

Como parte do plano apoiado pela Orascom, a Oi foi convidada a concordar com uma troca de dívida por ações envolvendo uma dívida em títulos de 24,82 bilhões de reais, que seria trocada por uma participação de 95 por cento na operadora.