Polícia britânica prende 8 em investigação sobre ataque ao Parlamento
Por Costas Pitas e Estelle Shirbon
LONDRES (Reuters) - A polícia do Reino Unido prendeu oito pessoas no curso da investigação sobre o ataque de um lobo solitário que matou três pessoas e feriu 40 antes de ser morto a tiros pela polícia perto do Parlamento britânico em Londres, disse a principal autoridade de combate ao terrorismo do país nesta quinta-feira.
O oficial Mark Rowley disse que a ação deixou quatro mortos, incluindo o agressor, e que 29 pessoas ainda estão hospitalizadas, sete delas em estado grave.
Na quarta-feira a polícia havia dito que o saldo de mortes do pior ataque do tipo no país desde 2005 era de cinco vítimas.
O agressor cruzou a Ponte de Westminster de carro, atropelando pedestres pelo caminho, atravessou os portões do edifício do Parlamento e esfaqueou um policial antes de ser morto a tiros.
As autoridades disseram trabalhar com a suposição de que o ataque teve motivação islâmica.
Os britânicos ficaram chocados com o fato de o agressor ter conseguido provocar tamanho estrago no centro da capital sem nada mais sofisticado que um carro alugado e uma faca.
"A polícia e as agências nas quais confiamos para nossa segurança impediram um grande número destes ataques nos últimos anos, mais de uma dúzia no ano passado", disse o ministro da Defesa britânico, Michael Fallon.
"Este tipo de ataque, este ataque de lobo solitário, usando coisas da vida cotidiana, um veículo, uma faca, é muito mais difícil de impedir", afirmou ele à rede BBC.
Observou-se um minuto de silêncio no Parlamento e diante da sede da polícia da Nova Scotland Yard às 9h33 (horário local) em homenagem às vítimas -- 933 era o número do uniforme de Keith Palmer, o policial esfaqueado que perdeu a vida.
"Estamos lidando com um inimigo, um inimigo terrorista, que não está fazendo exigências ou pegando pessoas como reféns, mas que simplesmente quer matar tantas pessoas quanto possível. Este é um novo elemento do terrorismo internacional", disse Fallon.
Rowley disse que o inquérito levou a polícia a fazer buscas em seis endereços de Londres, Birmingham e outras partes do país.
"Ainda é nossa crença... que este agressor agiu sozinho e foi inspirado pelo terrorismo internacional. A esta altura não temos informações específicas sobre outras ameaças ao público", afirmou Rowley.
(Reportagem adicional de Kate Holton, William James e Elisabeth O'Leary)
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