Partido no poder na Libéria apoia contestação a resultado de eleição presidencial
Por Alphonso Toweh
MONROVIA (Reuters) - O partido atualmente no poder na Libéria, cujo candidato terminou em segundo lugar no primeiro turno das eleições presidenciais deste mês, afirmou neste domingo que apoiará uma contestação legal ao resultado, acusando a presidente Ellen Johnson Sirleaf de interferir na votação.
A acusação extraordinária do Partido da Unidade contra Johnson Sirleaf, membro do próprio partido, coloca em dúvida o segundo turno das eleições, agendado para 7 de novembro, entre seu candidato, o vice-presidente Joseph Boakai, e George Weah, em primeiro lugar.
O Partido da Unidade afirmou em comunicado que a votação de 10 de outubro, que deveria inaugurar a primeira transição democrática de poder da Líberia desde 1944 "foi caracterizada por irregularidades sistemáticas massivas e fraude".
O comunicado, lido a jornalistas pelo presidente executivo do Partido da Unidade, Wilmont Paye, afirmou que Johnson Sirleaf agiu de maneira inapropriada ao se encontrar de maneira privada com magistrados eleitorais antes da votação.
Autoridades do Partido da Unidade disseram estar apoiando uma contestação jurídica feita pelo Partido Liberty, do candidato em terceiro lugar Charles Brumskine, que pediu à comissão de eleições que o primeiro turno seja realizado novamente.
"Não significa que não vamos participar (da disputa)", disse Augustine Ngafuan, presidente executivo da campanha nacional do Partido da Unidade à Reuters. "Esperamos que a Corte possa decidir antes do segundo turno. Caso contrário, decidiremos o que fazer em seguida."
Um porta-voz de Johnson Sirleaf se recusou a comentar imediatamente as acusações contra ela.
Observadores internacionais da União Europeia, o Centro Carter e o Instituto Democrático Nacional afirmaram não ter visto grandes problemas com a votação.
Boakai serviu como vice-presidente da vencedora do Prêmio Nobel da Paz Johnson Sirleaf desde sua posse em 2006.
O relacionamento dos dois, no entanto, azedou. Johnson Sirleaf se recusou a endossar Boakai, que se distanciou da última administração e se promoveu como candidato pela mudança.
Weah venceu o primeiro turno com 38,4 por cento dos votos, ante os 28,8 por cento de Boakai e tem ganho força para o segundo turno. Na quinta-feira, ele recebeu apoio do ex-chefe militar Prince Johnson, que venceu 8 por cento dos votos no primeiro turno.
A comissão eleitoral afirmou na semana passada que responderia às reclamações o mais rápido possível e disse que os partidos poderiam contestar os resultados da comissão na Suprema Corte caso não estejam satisfeitos.
(Reportagem adicional de James Giahyue)
((Tradução Redação São Paulo, 55 11 5644 7519)) REUTERS LC
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