EUA dizem que Hong Kong precisa reforçar regras para cumprir sanções sobre Coreia do Norte
Por Sumeet Chatterjee
HONG KONG (Reuters) - Hong Kong precisa reforçar regras para garantir que o centro financeiro asiático não seja usado para violar sanções internacionais para que a Coreia do Norte abandone suas ambições nucleares, disse nesta quarta-feira uma autoridade sênior do Tesouro dos Estados Unidos.
A Coreia do Norte está desenvolvendo tecnologia nuclear e de mísseis em desafio às resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, em meio a ameaças regulares de destruir os Estados Unidos e o Japão. Mas as tensões diminuíram com a Coreia do Norte concordando em participar da Olimpíada de Inverno na Coreia do Sul, no mês que vem.
Fazendo fronteira com a China, Hong Kong se beneficia de um crescimento de fluxos de capital da China, que alguns dizem ser uma das fontes dos fundos sujos para a Coreia do Norte.
Hong Kong sofreu pressão de órgãos internacionais para reprimir fluxos monetários ilegais após casos envolvendo companhias locais, incluindo o chamado faturamento comercial falso que permite que bilhões de dólares de capital deixem a China ilegalmente.
A ex-colônia britânica tem reforçado suas leis contra lavagem de dinheiro, após escândalos recentes mostrarem que Hong Kong é um dos centros mais ativos do mundo para criação de empresas de fachada.
"Hong Kong, é claro, é um centro financeiro internacional e ao mesmo tempo possui regras de formação e registro de companhias que nós pensamos que precisam ser mais fortes", disse Sigal Mandelker, sub-secretária para Terrorismo e Inteligência Financeira do Tesouro dos EUA.
"Nós também destacamos aqui em Hong Kong a importância de ter em vigor o mecanismo apropriado para aplicar as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e outras regulações proibindo atividades que facilitem transações financeiras com a Coreia do Norte".
Referindo-se a conversas com autoridades de Hong Kong, Mandelker disse que Hong Kong deve continuar a aprimorar e aplicar leis para enviar uma mensagem forte de que o centro financeiro não será um lugar para "facilitar atividades de empresas de fachada".
A autoridade dos EUA, que visitou e teve conversas com autoridades na China na terça-feira, disse ter enfatizado a necessidade de Pequim expulsar "facilitadores financeiros" norte-coreanos identificados por Washington.
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