COI cogita permitir que Rússia use a própria bandeira no encerramento da Olimpíada de Inverno
Por Karolos Grohmann
PYEONGCHANG, Coreia do Sul (Reuters) - O Comitê Olímpico Internacional (COI) está mais perto de permitir que a Rússia desfile com sua própria bandeira na cerimônia de encerramento da Olimpíada de Inverno, disseram fontes, uma medida que Moscou espera acabar com seu ostracismo no esporte mundial.
Fontes a par do assunto nos Jogos de Pyeongchang, nos quais os russos estão competindo como atletas neutros sob a bandeira olímpica, disseram que só uma minoria de dirigentes do COI não quer permitir a reintegração da Rússia na cerimônia de domingo.
É provável que a decisão seja criticada por atletas internacionais e autoridades antidoping, dado que a Rússia foi abalada por um novo escândalo de doping ainda nesta semana em Pyeongchang envolvendo um medalhista de curling.
Mas na Rússia a medida seria percebida como um símbolo poderoso de sua reabilitação como nação olímpica e uma justificativa de sua alegação de que foi vítima de acusações de doping injustas.
"Existe um grupo dentro do COI que não quer que eles voltem para a cerimônia de encerramento, e obviamente o caso de doping no curling não é bom para a Rússia", disse uma fonte. "Mas acho que este grupo é uma minoria e é relativamente pequeno".
Alguns membros do COI vêm argumentando em particular que o caso do curling é uma infração menor, que por si só não justifica impedir que a Rússia use sua própria bandeira no encerramento, disseram fontes.
O COI, que não quis comentar, decidiu proibir a Rússia de competir como uma nação em Pyeongchang em dezembro, quando também suspendeu seu comitê olímpico nacional. Mas a entidade se propôs a anular a suspensão e a condição de neutralidade para a cerimônia de encerramento se os russos observassem um código de conduta rigoroso durante o evento.
O COI está ansioso para normalizar o status olímpico da Rússia por esta ter um dos maiores comitês olímpicos do mundo e ser uma potência esportiva, mas a entidade é composta por 100 membros iguais e com pautas conflitantes, e por isso o consenso pode mudar até a véspera da decisão, que é esperada para o final de semana.
Nesta semana o atleta de curling Alexander Krushelnitsky, que foi flagrado pelo uso de uma substância proibida, concordou em devolver sua medalha antes da emissão de uma sanção, um gesto extremamente raro para um atleta russo.
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