México diz estar disposto a atuar como mediador em crise na Venezuela
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O México disse nesta sexta-feira estar disposto a fazer a mediação entre o governo do venezuelano Nicolás Maduro e o líder da oposição e do Congresso, Juan Guaidó, se ambos os lados assim solicitarem e concordarem.
Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela na quarta-feira, com o apoio de Washington e da maioria dos países da América Latina. Contudo o México --antes um membro vocal do Grupo de Lima, criado para pressionar Maduro a promover reformas democráticas-- adotou um tom dissonante.
O governo do presidente mexicano, o político de esquerda Andrés Manuel López Obrador, disse que não tomaria partido e classificou o apoio a Guaidó como uma violação da soberania venezuelana.
"Deixe ambos os lados pedirem por isso. Estamos dispostos a ajudar na mediação... não podemos fazer isso só porque um dos lados propôs e se predispõe", disse López Obrador a jornalistas.
"Se eles vierem a concordar e realmente quiserem o diálogo, de modo a encontrar uma solução pacífica, nosso país, como tem feito no passado em questões de relações exteriores, serviria mais uma vez como mediador”, acrescentou durante coletiva de imprensa diária.
O socialista Nicolás Maduro disse que apoia as propostas do México e do Uruguai para "criar uma iniciativa internacional para o diálogo entre as forças políticas na Venezuela, para buscar um entendimento nos limites de nossa Constituição, que garante a estabilidade e a paz para todos os venezuelanos."
Maduro, que comanda o país rico em petróleo desde 2013 e foi reeleito no ano passado em um pleito amplamente questionado, cortou as relações diplomáticas com os EUA nesta semana. Alguns diplomatas norte-americanos deixaram a embaixada em Caracas rumo ao aeroporto nesta sexta-feira.
A Rússia também se ofereceu nesta sexta-feira para fazer a mediação entre governo e oposição na Venezuela, se necessário, afirmando estar pronta a cooperar com todas as forças políticas que se portem com responsabilidade.
(Reportagem de Anthony Esposito e Lizbeth Diaz; Reportagem adicional de Ana Isabel Martínez em Caracas)
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