É preciso ver se inspeção em Brumadinho não foi só no papel, diz Mourão
Por Rodrigo Viga Gaier
(Reuters) - O vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão, disse à Reuters neste sábado que o governo tem documentos que mostram que a barragem que se rompeu em Brumadinho, em Minas Gerais, passou por análises e vistorias, mas que é preciso saber se elas efetivamente foram realizadas.
Mourão afirmou que uma checagem será feita para saber mais detalhes sobre os processos.
"Tenho um dado de que todas as inspeções previstas foram realizadas", disse ele à Reuters. "Cumpre verificar se ocorreram ou foi só papel", acrescentou.
Na véspera, o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, afirmou que a tragédia causou surpresa pelo fato de laudos técnicos recentes terem apontado baixo risco de acidente no local.
A barragem 1, que se rompeu, estava paralisada há três anos e estava sendo descomissionada, disse Schvartsman. A estimativa é que havia cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro.
O executivo afirmou que estava "tudo normal" na última leitura feita, em 10 de janeiro, e que ainda era cedo para dizer o motivo do colapso.
Em coletiva de imprensa neste sábado, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o momento não é de questionar nenhum laudo.
"Informações que temos de órgãos reguladores e de fiscalização é que toda documentação em Brumadinho estava regular", disse.
A tragédia na região já deixou 9 mortos, cujos corpos foram retirados do local, informou o Corpo de Bombeiros, que ainda procura cerca de 300 desaparecidos.
O acidente ocorreu mais de três anos depois da barragem Fundão, da Samarco, joint venture da Vale e da BHP Billiton, ter se rompido em Mariana (MG), matando 19 pessoas e causando o pior desastre ambiental do Brasil.
(Edição de Marcela Ayres)
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