Inquérito de Khashoggi busca acesso a consulado saudita e ao reino
Por Stephanie Nebehay
GENEBRA (Reuters) - Uma investigadora de direitos humanos da ONU que lidera o inquérito internacional sobre o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi disse neste sábado que fez um pedido por acesso à cena do crime, no consulado da Arábia Saudita em Istambul, e para visitar o reino.
Anges Callamard, relatora especial da ONU em execuções, que começa na segunda-feira uma missão de uma semana na Turquia, a convite do governo, disse que ela ainda não recebeu uma resposta das autoridades sauditas.
Na quinta-feira, ela disse que o painel legal e forense com três pessoas buscaria estabelecer “responsabilidades de Estado e responsabilidades individuais” pelo assassinato.
Khashoggi, colunista do Washington Post vivendo nos Estados Unidos, foi assassinado no consulado saudita em Istambul, em 2 de outubro, onde ele estava recolhendo documentos para seu casamento.
Agências de inteligência norte-americanas acreditam que o príncipe Mohammed bin Salman ordenou uma operação para matar Khashoggi, que era um crítico, e dizem que o seu corpo foi esquartejado e removido para um local ainda publicamente desconhecido.
Riad nega que o príncipe tenha qualquer envolvimento no assassinato.
“Eu requisitei acesso ao consulado saudita em Istambul e uma reunião com o embaixador do reino da Arábia Saudita na Turquia”, disse Callamard, em um e-mail à Reuters. “Eu também busquei permissão para conduzir uma visita similar ao reino da Arábia Saudita”.
A missão saudita em Genebra e o escritório de imprensa do governo em Riad não responderam imediatamente a pedidos da Reuters por um comentário.
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