Adido militar venezuelano nos EUA rompe com governo Maduro
CARACAS (Reuters) - O principal enviado militar da Venezuela aos Estados Unidos rompeu com o governo do presidente Nicolás Maduro no sábado, enquanto o país sul-americano disse que os dois países reduziram suas missões diplomáticas a equipes mínimas.
O atrito diplomático e a deserção foram desencadeados pelo reconhecimento do líder da oposição Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela. EUA, Canadá e a maioria dos países latino-americanos, incluindo o Brasil, disseram que a vitória eleitoral de Maduro no segundo mandato foi fraudulenta.
"Hoje falo ao povo da Venezuela, e especialmente aos meus irmãos nas Forças Armadas da nação, para reconhecer o presidente Juan Guaidó como o único presidente legítimo", disse o coronel José Luis Silva em um vídeo gravado na embaixada em Washington, sentado ao lado da bandeira venezuelana.
Silva disse à Reuters em Washington que um funcionário consular em Houston e outro em outra cidade dos EUA também reconheceu Guaidó, mas que ele era o único diplomata em Washington que ele sabia ter dado esse passo. A Reuters não conseguiu confirmar de forma independente outros desertores.
"Os altos escalões militares e do Poder Executivo estão mantendo as Forças Armadas como reféns. Há muitos, muitos que estão insatisfeitos", disse Silva. "Minha mensagem para as Forças Armadas é: 'Não maltrate seu povo'. Recebemos armas para defender a soberania de nossa nação e nunca nos treinaram para dizer: 'Isto é para você atacar seu povo, defender o atual governo no poder'."
Embora pequenas rebeliões contra Maduro tenham ocorrido nas Forças Armadas da Venezuela nos últimos meses, não houve nenhuma revolta militar em grande escala contra ele.
(Reportagem de Angus Berwick)
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