Grupo de direitos humanos critica ONU por conferência sobre tortura no Egito
Ativistas de direitos humanos criticaram hoje uma decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) de realizar uma conferência sobre tortura no Cairo com uma organização estatal egípcia.
"É ilógico um país no qual a tortura é sistemática realizar uma conferência sobre tortura", disse Mohamed Zaree, da organização não-governamental Instituto Cairo de Estudos de Direitos Humanos.
Autoridades egípcias negaram diversas vezes as alegações de que suas forças de segurança praticam tortura.
O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos sediará a conferência regional sobre a definição e a criminalização da tortura em conjunto com o Conselho Nacional de Direitos Humanos (NCHR) do governo nos dias 4 e 5 de setembro.
Cerca de 80 participantes governamentais e não-governamentais de 19 países árabes devem comparecer.
Rupert Colville, porta-voz de direitos humanos da ONU que em fevereiro disse que a tortura é endêmica no Egito, disse à Reuters: "É um tipo bem padrão de evento".
Não foi possível contatar o NCHR para obter comentários, e autoridades do Serviço Estatal de Informações não estavam disponíveis.
Ativistas de direitos humanos dizem que o presidente Abdel Fattah al-Sisi passou a reprimir as liberdades no Egito desde que tomou posse, em 2014.
Os apoiadores de Sisi dizem que medidas rígidas são necessárias para manter o país estável agora que ele se recupera do caos político e enfrenta desafios econômicos e uma insurgência islâmica no Sinai do Norte.
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