Protestos na França bloqueiam estradas e interrompem serviços de trens
Por Marine Pennetier e Geert De Clercq
PARIS (Reuters) - Caminhoneiros bloquearam estradas em cerca de 10 regiões da França neste sábado para protestar contra a redução de isenções fiscais sobre o diesel para o transporte rodoviário, enquanto os serviços de trens e metrô continuavam fortemente afetados pela greve contra a reforma da Previdência no país.
Em Paris, na área residencial de Denfert Rochereau, houve conflitos com a polícia enquanto os chamados "coletes amarelos" continuavam suas manifestações. Os números, no entanto, eram relativamente menores em comparação com as semanas anteriores, à medida que a greve de transportes dificultou a chegada à capital.
A pressão combinada do movimento dos coletes amarelos sobre o custo de vida e dos protestos sindicais contra a reforma da Previdência são um grande desafio para as iniciativas do presidente francês, Emmanuel Macron, de equilibrar o orçamento e ainda introduzir legislação voltada à preservação ambiental na segunda metade de seu mandato.
A federação de caminhoneiros Otre (Organização dos Transportadores Rodoviários Europeus) disse que era contra o aumento dos impostos sobre o diesel para veículos comerciais como parte do projeto de orçamento do governo para 2020.
"Nosso movimento é um movimento de fúria contra a punição fiscal continuada do transporte rodoviário, que não podemos mais tolerar", disse Alexis Gibergues, presidente da Otre na região francesa de Ile-de-France, nos arredores de Paris, no canal de televisão LCI.
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