Fundador da Blackwater, Erik Price teve reunião secreta com vice-presidente venezuelana --fontes
WASHINGTON (Reuters) - Erik Prince, controverso executivo de segurança privada e proeminente apoiador do presidente americano Donald Trump, fez uma visita secreta à Venezuela, mês passado, e se encontrou com a vice-presidente Delcy Rodríguez, uma das aliadas mais próximas do líder socialista Nicolás Maduro, segundo cinco fontes com conhecimento do assunto.
A visita, descrita por uma fonte como um “contato” de Prince com o governo Maduro, aconteceu apenas oito meses depois de o fundador da empresa de segurança privada Blackwater apresentar um plano para enviar um exército privado para ajudar a oposição venezuelana a derrubar Maduro.
Não ficou claro o que Prince, irmão da secretária de Educação de Trump, Betsy DeVos, discutiu com Rodríguez. A reunião foi relatada inicialmente pela Bloomberg.
Uma reunião com Rodríguez, que está sob sanções dos EUA, pode levantar questões se Prince violou a lei americana, que proíbe americanos de praticarem qualquer negócio com indivíduos objetos de sanção e especificamente com o governo venezuelano. O escritório da vice-presidência da Venezuela também supervisiona o serviço de inteligência do país.
Prince informou um oficial da Casa Branca sobre a reunião, antes da viagem, mas não se sabe se buscou aprovação ou conselho, segundo uma das fontes.
A Casa Branca recusou-se a comentar quando foi questionada se oficiais americanos sabiam da visita de Prince ou se a visita era vista como uma possível linha de comunicação com o governo Maduro. Em janeiro, Washington reconheceu o líder da oposição, Juan Guaidó, como o legítimo presidente da nação da OPEC, e começou a intensificar sanções e pressão diplomática em uma tentativa de depor Maduro.
Um oficial sênior da administração disse à Reuters, em outubro, que a frustração de Trump com a falta de resultados estimulou auxiliares a preparar ações futuras.
O porta-voz de Prince, Marc Cohen, recusou-se a comentar. Rodríguez não respondeu perguntas por meio de mensagens de texto. Seu irmão, o ministro da Informação, Jorge Rodríguez, também não respondeu aos pedidos por um comentário.
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