Irã diz que sanções dos EUA dificultam "severamente" luta contra coronavírus
O presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse que a luta do Irã contra o coronavírus está sendo "severamente prejudicada" pelas sanções dos Estados Unidos, enquanto a televisão estatal informou que o número de mortos pela doença aumentou neste sábado para 611, quase 100 a mais que no dia anterior.
A mídia estatal disse que Rouhani escreveu para vários líderes mundiais, sem nomeá-los.
"Na carta aos colegas, @HassanRouhani informa como os esforços para combater a pandemia de #COVID19 no Irã foram severamente prejudicados pelas sanções dos EUA, pedindo que deixem de cumpri-las", disse o ministro do Exterior iraniano, Mohammad Javad Zarif, no Twitter.
"É IMORAL deixar um tirano matar inocentes", afirmou Zarif.
O Irã, país mais afetado do Oriente Médio, disse na quinta-feira que pediu ao Fundo Monetário Internacional (FMI) 5 bilhões de dólares em financiamento de emergência para combater o surto de coronavírus.
O surto crescente afetou as empresas iranianas e deve atingir as exportações não associadas ao petróleo, depois que muitos países vizinhos e parceiros comerciais fecharam suas fronteiras.
Uma autoridade do Ministério da Saúde afirmou, segundo informação da TV neste sábado, que o número total de infecções no país estava em 12.729.
A economia do Irã tem sido atingida por sanções dos EUA que restringem as exportações de petróleo e gás cruciais para as receitas do governo. De acordo com analistas, a previsão é de que uma desaceleração da atividade econômica causada pelo surto de vírus e um fechamento sustentado das fronteiras leve a uma contração do PIB no ano.
O presidente dos EUA, Donald Trump, restabeleceu sanções contra setores vitais do Irã, incluindo petróleo, depois de retirar os Estados Unidos de um acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis potências mundiais.
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