Comunidade mundial precisa fazer mais contra crise da covid-19, diz FMI
Resumo da notícia
- Chefe do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva, pede apoio a países em dificuldades
- Kristalina destacou necessidade de ampliar doações a países africanos
- Governos do G20 devem estender suspensão do serviço da dívida como forma de ajudar países em dificuldades
A comunidade internacional precisa fazer mais para enfrentar as consequências econômicas da crise covid-19, disse nesta segunda-feira (12) a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, durante um dos principais eventos de reuniões anuais virtuais e prolongadas do Fundo que acontecem esta semana.
Para ela, a questão mais urgente sendo como apoiar os países em dificuldades. "Vamos continuar a pressionar para fazer ainda mais", disse Georgieva durante uma cúpula online do FT África. "Eu imploraria também por mais doações para os países africanos. O Banco Mundial tem capacidade para aumentar as doações. Talvez vocês possam fazer ainda mais e os doadores bilaterais podem fazer mais a esse respeito", disse.
Os governos do G20 devem estender sua Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), que até agora congelou cerca de US$ 5 bilhões em pagamentos da dívida dos países mais pobres, mas existe pressão sobre os principais bancos de desenvolvimento e credores privados para fornecer alívio também.
Georgieva acrescentou que o Fundo está pressionando para transferir mais de seus Direitos de Saque Especiais (SDR, na sigla em inglês) existentes para países que mais precisam de apoio, e está "muito comprometido" em encontrar um caminho a seguir para países como a Zâmbia, que agora precisam reestruturar suas dívidas.
"Esta é a mensagem para todos os países em sobreendividamento: Se a dívida não for sustentável, avance para a reestruturação, quanto mais cedo melhor", defendeu.
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